O Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (2) o Índice de Preços ao Produtor (IPP). A saber, o índice variou 2,16% em outubro na comparação com o mês anterior. E isso aconteceu devido às influências provocadas por diversos setores, entre eles o de alimentos.
Em resumo, os preços dos alimentos ficaram 0,75% mais caros em outubro. Aliás, este é o nono mês de alta em 2021, visto que os preços caíram apenas em junho (-0,14%), e de maneira bem leve. A propósito, o avanço em outubro é o menor resultado positivo do segmento em 2021. A propósito, alimentos consistem em uma das atividades pesquisadas pelo IBGE.
De acordo com o levantamento, os alimentos exerceram a quarta maior influência positiva no IPP em outubro, de 0,18 ponto percentual (p.p.). As únicas atividades com um impacto ainda mais expressivo no IPP no mês foram: refino de petróleo e produtos de álcool (0,73 p.p.), outros produtos químicos (0,59 p.p.) e metalurgia (0,21 p.p.).
A saber, o IPP analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, ou seja, os valores não sofrem variação com impostos e frete. O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente.
Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas ao mercado, segundo o IBGE.
Confira mais detalhes do desempenho do IPP
Segundo o levantamento, os preços dos alimentos em outubro ficaram 17,43% maiores que os registrados no mesmo mês de 2020. A saber, as variações entre setembro de 2020 e junho de 2021, nessa base comparativa, superaram os 30%. No entanto, os avanços vêm ficando menos expressivos a cada mês, destacou o IBGE.
Já no acumulado de 2021, o setor acumula uma disparada de 15,68%. Assim, exerce o terceiro maior impacto no IPP, de 4,03 p.p., superado apenas pelas atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (5,09 p.p.) e outros produtos químicos (4,21 p.p.)
O IBGE também revelou que os alimentos exerceram a segunda maior influência no IPP nos últimos meses, de 4,49 p.p. Nessa base comparativa, o IPP acumula forte alta de 28,83% no período, dos quais 15,57% são referentes aos alimentos. Os outros destaques do período são: refino de petróleo e produtos de álcool (5,76 p.p.), outros produtos químicos (4,39 p.p.) e metalurgia (3,33 p.p.).
Por fim, o setor de alimentos é o de maior contribuição no cálculo do IPP, respondendo por 23,90% da variação do índice, segundo o IBGE.
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