O Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (29) o Índice de Preços ao Produtor (IPP). A saber, o índice variou 0,40% em setembro na comparação com o mês anterior. E a principal atividade que impactou positivamente o resultado foi a de alimentos.
Em resumo, os preços dos alimentos ficaram 2,48% mais caros em setembro. Aliás, este é o oitavo mês de alta em 2021, visto que apenas em junho que os preços caíram (-0,14%), mas bem timidamente. A propósito, o segmento é uma das atividades pesquisadas pelo IBGE.
De acordo com o levantamento, os alimentos exerceram a maior influência positiva no IPP em setembro, de 0,58 ponto percentual (p.p.). Isso quer dizer que a variação dos alimentos superou até mesmo a taxa do IPP. E isso ocorreu graças às indústrias extrativas, cujos preços tombaram 16,48% no mês e a atividade impactou o índice em -1,24 p.p., puxando-o para baixo.
A saber, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, ou seja, os valores não sofrem variação com impostos e frete. O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente.
Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas ao mercado, segundo o IBGE.
Confira mais detalhes do desempenho do IPP
Segundo o IBGE, os preços dos alimentos em setembro ficaram 22,64% maiores que os registrados no mesmo mês de 2020. A saber, as variações entre setembro de 2020 e junho de 2021, nessa base comparativa, superaram os 30%. No entanto, os avanços vêm ficando menos expressivos a cada mês, destacou o IBGE.
Em suma, os alimentos exerceram o maior impacto no IPP acumulado dos últimos 12 meses, de 5,76 p.p. Nessa base comparativa, o IPP acumula forte alta de 30,59% no período, dos quais 18,83% são referentes aos alimentos. Os outros destaques do período são: refino de petróleo e produtos de álcool (5,20 p.p.), outros produtos químicos (4,13 p.p.) e metalurgia (3,48 p.p.).
Por fim, o setor de alimentos é o de maior contribuição no cálculo do IPP, respondendo por 23,90% da variação do índice.
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