Viver no Brasil tem se tonado uma tarefa bastante difícil neste ano. Dentre os incontáveis problemas do país, a população vem pagando preços cada vez mais altos de produtos e serviços. E os alimentos seguem essa premissa, ficando mais caros ao passar de cada mês.
Em resumo, a variação dos alimentos em julho foi de 2,09% e superou a alta registrada pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), que subiu 1,94%. A propósito, o segmento é uma das atividades pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo índice, que divulgou os dados nesta sexta-feira (27).
De acordo com o IBGE, os preços do setor haviam caído 0,14% em junho. Com o salto da taxa em julho, os alimentos agora acumulam alta de 10,77% no acumulado de 2021. Aliás, essa é a terceira maior variação para o período entre janeiro e julho já registrada pela série histórica. A taxa fica abaixo apenas dos resultados de 2012 (12,09%) e 2020 (11,95%).
A forte alta dos preços dos alimentos exerceu a maior influência no IPP em julho, em 0,49 ponto percentual (p.p.). Isso quer dizer que apenas o segmento de alimentos respondeu por mais de 25% da variação do IPP em julho. A saber, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, ou seja, os valores não sofrem variação com impostos e frete.
O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas.
Confira mais detalhes do desempenho do IPP
Segundo o IBGE, os preços dos alimentos em julho ficaram 29,02% maiores que os registrados no mesmo mês de 2020. A saber, esse resultado interrompeu 10 meses com variações superiores a 30% no comparativo anual. Isso porque, desde setembro do ano passado, época em que os preços dispararam 32,51%, os alimentos seguiam crescendo mais de 30% em 12 meses.
Por fim, os alimentos exerceram o maior impacto no IPP no acumulado dos últimos 12 meses, de 7,12 p.p. Em suma, o IPP acumula forte alta de 36,78% no período, cujos 19,36% são referentes aos alimentos. Os outros destaques do período são: refino de petróleo e produtos de álcool (5,25 p.p.), indústrias extrativas (4,97 p.p.) e outros produtos químicos (4,09 p.p.).
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