Aliados do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelaram que o petista quer dividir a nova Esplanada dos Ministérios em três grupos. De acordo com o jornalista Valdo Cruz, da “Globo News”, em informação publicada nesta segunda-feira (12), a intenção é que cada grupo seja composto por dez ministérios.
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Segundo o comunicador, interlocutores relataram que Lula sinalizou que essa divisão deve ser feita entre cota pessoal, indicações petistas e partidos aliados. “A tendência é de que o último grupo seja anunciado após a PEC de Transição”, informou o jornalista. Conforme ele, essa seria uma estratégia para manter a fidelidade das legendas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa garantir o cumprimento de promessas como um Auxílio Brasil, que voltará a ser chamado de Bolsa Família, no valor de R$ 600.
Hoje, existe a expectativa de que o segundo anúncio de integrantes da equipe ministerial seja feito nesta terça-feira (13). A ideia é transformar a data, que se refere ao número do Partido dos Trabalhadores (PT) nas urnas, em uma data comemorativa. De acordo com Valdo Cruz, na cota pessoal, são esperados nomes como o da senadora Simone Tebet (MDB), da cantora Margareth Menezes e da socióloga e pesquisadora Nísia Trindade, que devem comandar, respectivamente, as pastas de Desenvolvimento Social, Cultura e Saúde.
Já para a cota de indicações feitas por razões políticas, Lula deve sinalizar os nomes, por exemplo, do senador Alexandre Silveira (PSD) para a Infraestrutura, do ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) para Cidades e da deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) para o Turismo.
Conforme Valdo Cruz, o União Brasil, um partido de centro-direita, ainda é uma incógnita. Isso porque o governo de transição de Lula já sinalizou que pretende abrir espaço para a legenda na Esplanada dos Ministérios, em especial com a nomeação do senador Davi Alcolumbre para alguma pasta. No entanto, até o momento, o partido, que tem entre seus filiados o ex-juiz Sergio Moro, eleito senador pelo Paraná, responsável por condenar Lula na operação Lava Jato, anulada posteriormente, ainda não revelou qual decisão tomou a respeito da aliança.
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