Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, está “alarmada” por conta da investigação que apura supostas fraudes em cartões de vacina da Covid-19. De acordo com o canal “CNN Brasil”, quem afirma isso são aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também afirmam que o ex-chefe do Executivo, por outro lado, está “tranquilo e sereno”.
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Nesta terça, Bolsonaro prestou depoimento na Polícia Federal (PF) e, segundo o canal, negou que conhecia o suposto esquema de falsificação no cartão de vacinação. Além disso, o ex-chefe do Executivo voltou a afirmar que nunca se vacinou e que seu posicionamento anti-vacina é conhecido no mundo todo.
Durante o depoimento, de acordo com a emissora, Bolsonaro não apontou dedos para seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid, pois ele é visto como um “homem-bomba”. Este fato tem, inclusive, “alarmado” a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Daniela Lima, apresentadora da “CNN Brasil”, relatou que a ex-primeira-dama está “muito alarmada” porque virou o centro das acusações no último fim de semana por conta de pagamentos em dinheiro vivo das despesas da ex-primeira-dama feitos pelo ajudante de ordens.
Assim como publicou o Brasil123, o fato veio à tona após o portal “UOL” ter divulgado que a PF constatou conversas de Mauro Cid com assessoras de Michelle Bolsonaro. Na ocasião, o ex-ajudante de Bolsonaro teria orientado o pagamento de despesas da então primeira-dama fossem feitos em dinheiro vivo para evitar investigações sobre eventuais irregularidades.
Nesta segunda, o mesmo “UOL” revelou que a PF teria constatado depósitos em dinheiro vivo para Michelle Bolsonaro. Segundo a defesa de Bolsonaro, Mauro Cid era o responsável por sacar rotineiramente, na agência do Palácio do Planalto, valores em espécie da conta do ex-chefe do Executivo para pagar, com recursos privados, as despesas da família Bolsonaro.
Por conta do vazamento, Fábio Wajngarten, advogado de Bolsonaro e de sua esposa, apresentou uma tabela com os gastos mensais do ex-presidente pagos com dinheiro vivo. Conforme o defensor, existe um livro-caixa que será entregue para os investigadores.
Ao todo, foram sacados da conta pessoal do ex-mandatário R$ 634.250 em quatro anos. Este valor foi divido em:
- 2019: R$ 129.160;
- 2020: R$ 147.790;
- 2021: R$ 171.000;
- 2022: R$ 186.300.
De acordo com Fábio Wajngarten, esse procedimento foi adotado desde o início do mandato do político do PL por preocupação com fraudes em sua conta.
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