Aliados do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), querem medidas “duras e pedagógicas” aos policiais e parlamentares que tenham colaborado para que apoiadores radicais do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), invadissem e depredassem os prédios do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto.
Nove a cada dez pessoas condenam os ataques terrorista aos Três Poderes
Em entrevista ao jornalista Valdo Cruz do canal “Globo News”, nesta quinta-feira (12), Marco Aurélio Carvalho, que é coordenador do grupo Prerrogativas, explicou que essa punição “severa” é importante, pois, para ele, sinalizará aos apoiadores radicais de Bolsonaro que novos atos golpistas não serão tolerados.
“Não podemos ficar sob o domínio do medo, com um grupo de radicais e golpistas tentando paralisar o governo Lula”, afirmou o coordenador do grupo de advogados que apoiou Lula durante as eleições do ano passado.
No domingo (08), logo após os atos, Lula decretou intervenção na segurança pública do Distrito Federal. Na ocasião, o presidente criticou o trabalho da polícia, dizendo que muitos agentes foram coniventes com os terroristas. Para o chefe do Executivo, essas pessoas “não poderão ficar impunes”.
Nesta quinta, ainda na entrevista ao jornalista da “Globo News”, Marco Aurélio Carvalho relatou que existem indícios reais de que agentes da Polícia Militar (PM) e também das forças de segurança do governo federal de fato ajudaram os invasores durante os ataques aos Três Poderes.
“Precisa endurecer, temos de tratar golpistas e terroristas como golpistas e terroristas”, afirmou o coordenador do grupo Prerrogativas, explicando ainda que aqueles que “protegeram invasores precisam ser alvo de processo administrativo e afastados até a conclusão das investigações”.
Por fim, Marco Aurélio Carvalho, que afirma que os que foram coniventes precisam ser punidos, ou o governo vai ficar sempre sob o domínio do medo, ainda elogiou a postura de Lula após os atos de terrorismo. Para ele, o presidente conseguiu unir tanto os Poderes quanto os governadores em um pacto para que a desordem não vire rotina. “Os atos de domingo, em vez de enfraquecerem, fortaleceram a democracia”, afirmou o coordenador do grupo Prerrogativas.
Leia também: CNJ revela quantas pessoas já foram presas por ataques em Brasília