Está marcada para abril a última mudança ministerial do mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Isso porque ministros devem deixar as pastas para disputar as eleições. Com essas saídas, aliados do chefe do Executivo desejam emplacar, em cargos estratégicos, senadores negacionistas que integraram a tropa de choque do governo na CPI da Covid-19.
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A informação foi publicada nesta quarta-feira (02) pela jornalista Andreia Sadi, da “Globo News”. Conforme ela relembrou, atualmente, são dois os senadores que protagonizaram a defesa do presidente na CPI da Covid-19. O primeiro é Marcos Rogério (PL-RO) e o segundo é Luis Carlos Heinze (PP-RS). Segundo Andreia Sadi, a dupla está cotada para assumir a Secretaria de Governo e o Ministério da Agricultura, respectivamente.
Hoje, a Secretaria de Governo, que é a pasta responsável pela articulação política, está ocupada por Flávia Arruda, que deverá deixar seu cargo e ir disputar as eleições. Da mesma forma acontece com Tereza Cristina, ministra da Agricultura.
Essa segunda pode deixar a pasta para disputar uma vaga no Legislativo. Todavia, ainda existe a possibilidade de que ela, aliada do “Centrão”, acabe substituindo Hamilton Mourão (PTRB) e se torne vice de Bolsonaro.
De acordo com Andreia Sadi, essas mudanças já estão sendo debatidas por lideranças do governo no Congresso junto ao Palácio do Planalto. Nesse sentido, constatou-se que Marcos Rogério, por exemplo, também está sendo cotado para assumir a liderança do governo no Senado.
Para isso acontecer, no entanto, Alexandre Silveira (PSD) precisa não aceitar o convite para o posto. Ele foi chamado para substituir Antonio Anastasia (PSD) que tomou posse nesta quarta como ministro do Tribunal de Contas da União. Todavia, o PSD é contra ele assumir a vaga no governo, pois não quer o partido vinculado à gestão de Bolsonaro em ano de eleição, ou seja, a vaga pode cair no colo de Marcos Rogério.
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