Rogério Marinho (PL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e candidato a presidência do Senado Federal, afirmou nesta segunda-feira (30) em entrevista ao canal “Globo News” que, caso seja eleito como chefe da Casa, não obstruirá projetos enviados pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL).
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A disputa pela presidência da Casa acontece na próxima quarta-feira (01). Além de Rogério Marinho, estão disputando o posto Eduardo Girão (Podemos) e Rodrigo Pacheco (PSD), que é o atual presidente do Senado e favorito para vencer a disputa.
“Para mim, não existe tema tabu. Projetos que estão sendo procrastinados em função de dificuldades do ponto de vista ideológico precisam necessariamente ser debatidos, pelo bem da democracia”, afirmou Rogério Marinho, que ainda disse que a democracia exige que exista o debate e que a maioria seja exercida quando for o caso.
“Isso significa inclusive que, caso o presidente da República mande projetos relevantes e importantes para o Senado, eu não vou fazer o papel de obstruir. Não é o meu papel. Serei um presidente que vai levar em consideração sempre o bom funcionamento da Casa”, disse ele.
Durante a entrevista, Rogério Marinho também comentou sobre os ataques de 08 de janeiro, quando apoiadores radicais de Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o senador, ele não compactua, muito menos estimula atos como os registrados na capital brasileira.
“Não compactuo e não estímulo esse tipo de prática. […] Quem cometeu esse tipo de crime precisa ser identificada, ter individualizada a culpa e precisa ser processado e, eventualmente, ao final do devido processo legal, imputadas as penas. Esta é a nossa posição”, disse Rogério Marinho, que ainda ressaltou que, em sua visão, os vândalos bolsonaristas radicais não representam todos os eleitores do ex-presidente da República.
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