Romeu Zema (Novo), governador reeleito de Minas Gerais, afirmou nesta quarta-feira (23), que irá apoiar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “na mesma hora”, caso ele apresente boas propostas para o Brasil.
Assim como publicou o Brasil123, Romeu Zema desempenhou o papel de coordenador da campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral e considerado um espelho do Brasil durante as eleições, visto que sempre o mais votado por lá venceu a disputa.
“Se o presidente eleito propor uma boa reforma tributária, uma boa reforma administrativa, eu vou lá para Brasília apoiá-lo na mesma hora porque o que o Brasil precisa de reforma”, afirmou o governador em entrevista ao jornal “Poder360”.
Na ocasião, o governador relatou que fará uma “oposição responsável” ao novo governo. “Eu vou estar aqui protegendo os interesses do estado e confio muito que o presidente vai agir de maneira republicana. Até porque eu não sou o único governador nessa situação”, disse Romeu Zema.
Ainda na entrevista, ele citou estados como São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Goiás, que serão governados por gestores que apoiaram Bolsonaro, e não Lula durante as eleições. “Todos em uma posição semelhante a mim. Os principais resultados do Brasil hoje não são pró-presidente Lula. Muito pelo contrário, são anti-Lula”, afirmou ele.
Governador nega disputa pela presidência em 2026
Ao jornal, o governador de Minas Gerais, apontado como um possível sucessor de Bolsonaro, ainda negou que tenha plano de ser candidato à presidência nas próximas eleições. Apesar disso, ele ressaltou que uma boa gestão pelo estado mineiro pode ser uma “boa referência para algum plano futuro”.
Por fim, o governador afirmou que não pretende deixar o Novo. A possível saída começou a ser ventilada após um encontro de Romeu Zema com Valdermar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), que tem Bolsonaro entre os filiados.
“Estou satisfeito com o partido e o partido não foi bem nessas eleições. Foi uma eleição atípica, polarizada. O nosso presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, já adotou uma série de mudanças, vai adotar outras e eu acredito que isso vai reerguer o partido”, disse ele sobre o Novo, que tinha oito deputados federais, mas conseguiu eleger só três neste ano.