O ex-deputado federal Alexandre Frota (Pros) foi condenado nesta segunda-feira (06) a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais por disseminar informações falsas, as famosas fake news, contra um ex-dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Ubatuba, no Litoral Norte paulista.
Segundo a condenação, Alexandre Frota, que no ano passado, assim como publicou o Brasil123, foi decretado falido, também terá que publicar uma retratação nas redes sociais e mantê-la por 15 dias, no mínimo. Caso o contrário, ele terá que arcar com outra multa, agora de R$ 150 mil.
Essa pena acontece porque, em outubro de 2018, Alexandre Frota disse que o petista Gerson Florindo de Souza se passou como um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e xingado o então candidato à presidência da República pelo PT, Fernando Haddad. Isso, durante uma missa em Brasília.
Na época, Alexandre Frota publicou um vídeo em suas redes sociais mostrando um homem usando uma camisa e boné de apoio a Bolsonaro e proferindo xingamentos contra Fernando Haddad. Além disso, o ex-deputado também utilizou sua rede social para divulgar a foto de urna e o número de votação do ex-dirigente do PT quando ele foi candidato a vereador em 2008.
As publicações do ex-deputado tiveram uma grande repercussão. Prova disso é que no Facebook, por exemplo, o vídeo chegou a 455 mil visualizações e teve mais de 20 mil compartilhamentos. Por conta das postagens, Gerson Florindo de Souza processou Alexandre Frota e ainda apresentou documentos que comprovavam que, na data dos fatos, ele estava em uma reunião em Ubatuba.
Nesta segunda, ao condenar o ex-deputado, a 10ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo justificou que “a repercussão da publicação, que obtiveram milhares de acessos, além de comentários depreciativos, atingiu a honra e imagem do autor”. Até o momento, o ex-deputado ainda não se pronunciou sobre o caso.
Alexandre Frota falido
Assim como publicou o Brasil123, em dezembro do ano passado, a Justiça de São Paulo decretou a falência civil de Alexandre Frota, algo que foi pedido pelo próprio parlamentar, que foi à Justiça e alegou ser detentor de dívidas superiores a R$ 1,4 milhão com vários credores, valor que supera a quantia de bens que tem em seu nome. Na ocasião, ele afirmou que, por conta do cargo que ocupava e o salário que recebia, cerca de R$ 33 mil brutos, não tinha recursos próprios para bancar os valores decorrentes de eventuais condenações judiciais.
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