Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), usou suas redes sociais para pedir uma comemoração pela “democracia inabalada” após seis meses dos atos golpistas de janeiro deste ano, quando apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes – STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
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No Twitter, o ministro classificou os atos como um “dia da infâmia”. Todavia, ele destacou que “as Instituições reagiram e cumpriram a Constituição Federal”. “Viva o Estado Democrático de Direito”, escreveu o ministro, que ainda exaltou a atuação de Rosa Weber na Presidência do STF.
Hoje, Alexandre de Moraes é o relator do inquérito que apura os responsáveis pelos ataques. Até o momento, a Corte abriu processos penais contra 1.290 pessoas suspeitas de terem participado dos atos de 08 de Janeiro. Assim como vem publicando o Brasil123, até o momento, foram oito blocos de julgamentos. Isso, desde abril, quando o Supremo começou a analisar as denúncias da Procuradoria Geral da República (PGR) e, em todos os casos julgados, por maioria, decidiu tornar réus os participantes dos ataques.
De acordo com dados que constam no site da STF, 253 pessoas ainda continuam presas pelos ataques aos prédios do Congresso, Planalto e do Supremo. Além disso, cem que foram denunciadas ainda precisam ser julgadas. Segundo as informações, a perspectiva dentro do tribunal é de que as primeiras ações já estejam aptas para julgamento no segundo semestre – será neste momento que o STF vai, então, decidir se os réus serão condenados ou absolvidos pelos atos.
Inquéritos no STF
Hoje, existem no STF pelo menos oito inquéritos solicitados pela PGR que visam investigar autores intelectuais, instigadores, executores e autoridades com foro privilegiado por envolvimento no vandalismo.
Um desses investigados é o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, que é alvo de uma destas investigações. O ex-chefe do Executivo é alvo por conta de uma publicação, em uma rede social, de um vídeo em que questionava o sistema eleitoral. Neste ano, Bolsonaro prestou depoimento e disse que compartilhou o material sem querer.
Além de Bolsonaro, também são alvos destes inquéritos, por exemplo, os deputados André Fernandes, Silvia Waiãpi e Clarissa Tércio. Não suficiente, também estão na mira da PGR e do STF, o governador Ibaneis Rocha e o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança Anderson Torres.
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