Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), remarcou nesta segunda-feira (23) a data para o depoimento de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal. Em sua decisão, o ministro determinou que a oitiva será realizada no dia 02 de fevereiro às 10h30.
Em despacho, Alexandre de Moraes permitiu que a defesa de Anderson Torres possa ter acesso ao conteúdo de duas investigações sigilosas contra o ex-ministro. O depoimento, que será o segundo de Anderson Torres, iria acontecer nesta segunda, mas como o ministro autorizou a oitiva somente no começo da noite, a data ficou para fevereiro.
No primeiro depoimento do ex-ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ele ficou em silêncio. Na ocasião, durante a oitiva realizada no 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, Anderson Torres disse que não tinha declarações a dar aos investigadores.
Assim como publicou o Brasil123, Anderson Torres foi preso no último dia 14 ao chegar dos Estados Unidos, onde passava férias. A prisão, ordenada por Alexandre de Moraes foi cumprida por agentes da Polícia Federal que esperavam o ex-ministro no Aeroporto de Brasília – após ter sido detido, ele foi encaminhado para o 4º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, no Guará, em Brasília.
Essa prisão aconteceu porque, na visão de Alexandre de Moraes, Anderson Torres foi conivente com apoiadores do ex-presidente Bolsonaro que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes (STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto) no dia 08 deste mês. Anderson Torres, no dia dos acontecimentos, era o secretário de Segurança do Distrito Federal – ele acabou sendo exonerado na tarde daquele dia pelo governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
O ex-ministro de Bolsonaro também está envolvido em outra polêmica, a da minuta, um documento que foi encontrado em sua casa e previa a decretação de um estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo reverter o resultado da eleição em que Bolsonaro foi derrotado pelo atual chefe do Executivo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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