Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta segunda-feira (11) que tanto a intolerância quanto a violência são “inimigas da Democracia”.
De acordo com ele, o direito à livre escolha é algo que deve ser defendido por “todas as autoridades”. “A intolerância, a violência e o ódio são inimigos da Democracia e do desenvolvimento do Brasil”, começou.
“O respeito à livre escolha de cada um dos mais de 150 milhões de eleitores é sagrado e deve ser defendido por todas as autoridades no âmbito dos três Poderes”, afirmou Alexandre de Moraes, que fez o comentário devido à morte do guarda municipal Marcelo Arruda, de 50 anos.
A vítima foi morta a tiros pelo agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho no final da noite de sábado (09) em Foz do Iguaçu. Segundo as apurações, o acusado, que é apoiador assíduo do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), invadiu a festa de aniversário de Marcelo Arruda.
Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), a vítima estava comemorando o seu aniversário em uma festa que tinha como tema a legenda e também o ex-chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que neste ano tenta voltar ao Palácio do Planalto.
Marcelo Arruda não sobreviveu aos ferimentos e morreu, diferentemente de José Guaranho, que foi dado como morto pela Polícia Civil que, depois, informou que o acusado está internado em estado grave, mas estável em Juiz de Fora, onde o crime aconteceu.
Além de Alexandre de Moraes, quem comentou sobre o caso foi Lula, que lamentou a morte do apoiador, que deixou a mulher e quatro filhos, incluindo um bebê recém-nascido.
“Uma pessoa, por intolerância, ameaçou e depois atirou nele, que se defendeu e evitou uma tragédia maior. Duas famílias perderam seus pais. Filhos ficaram órfãos, inclusive os do agressor. Meus sentimentos e solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de Marcelo Arruda”, disse Lula.
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