Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou o inquérito das milícias digitais por mais 90 dias. A investigação em questão busca apurar a suposta existência de uma organização criminosa digital que atuaria com o objetivo de atentar contra a democracia.
Alvo do inquérito das Fake News, partido chama Alexandre de Moraes de ‘ditador’
O inquérito foi aberto há mais de um ano por Alexandre de Moraes para que fosse possível dar prosseguimento às investigações do antigo inquérito sobre os atos antidemocráticos – a investigação foi arquivada depois que a Procuradoria-geral da República (PGR) concluiu que não existiam indícios de crimes contra detentores de foro privilegiado.
De acordo com Alexandre de Moraes, o inquérito, que culminou na prisão, por exemplo, do ex-deputado Roberto Jefferson, precisou ser prorrogado, pois ainda existem diligências sendo feitas.
No despacho, o ministro ainda justificou a importância do inquérito, dizendo que existem “fortes indícios e significativas provas” que mostram a existência de uma organização criminosa que tem como objetivo a “atuação digital com núcleos de produção, publicação, financiamento e político”.
O despacho do ministro significou a quarta prorrogação das investigações. Antes disso, Alexandre de Moraes já havia adiado o fim das diligências em outubro de 2021 e janeiro e abril desse ano.
No mês de maio deste ano, o ministro determinou que a investigação deve correr junto com a que investiga os ataques feitos pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), ao sistema eleitoral e também ao Superior Tribunal Eleitoral (TSE).
Essa junção dos casos veio após um pedido da PGR. Isso porque o órgão enviou ao STF um parecer para justificar que existia a necessidade de unificar as diligências para, somente depois disso, chegar à conclusão se existe ou não a necessidade de se apresentar uma denúncia sobre o tema.
Leia também: Alexandre de Moraes diz que a ‘internet deu voz aos imbecis’