Nesta quinta-feira (15) o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou que o apresentador e influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, mais conhecido como Monark, preste depoimento à Polícia Federal em até cinco dias.
Vale destacar que, na quarta-feira (14), o ministro do Supremo Tribunal Federal determinou o bloqueio de todos os perfis do influenciador, incluindo Twitter, Discord, Telegram e a plataforma Rumble, pela disseminação de fake news sobre o STF e o TSE.
Monark e Alexandre de Moraes
Após os acontecimentos da tentativa de golpe em 8 de janeiro, Alexandre de Moraes ordenou o bloqueio das contas Monark do podcaster no YouTube, Instagram, Telegram, Twitter, TikTok e Rumble. No entanto, o influenciador criou um novo perfil.
Na época, ao criar uma nova conta no Twitter, o próprio Monark mencionou o bloqueio, sugerindo que a abertura do perfil porque “aparentemente a minha censura nas redes sociais será permanente”.
O que levou a Corte a determinar que a motivação da ação judicial foi o vídeo do youtuber declarando que ele sentia “simpatia” pelos extremistas bolsonaristas, que invadiram os prédios dos Três Poderes em Brasília, gerando um prejuízo milionário para os fundos da União.
Ataque ao ministro
Durante participação no podcast Inteligência Ltda., Monark debateu se estava sendo censurado ou se estava lutando contra os “malvadões antidemocracia”. Além disso, o influenciador criticou o ministro por restringir os seus perfis nas redes sociais e por proibi-lo de “existir comercialmente na mídia”
Por fim, Monark repetiu diversas vezes a palavra “ditadura” e “ditador” em suas postagens nas redes sociais.
Sobre a atual decisão de Alexandre de Moraes
Na quarta (14), Monark desrespeitou a ordem de bloqueio imposta pelo ministro Alexandre de Moraes e promoveu uma live para criticar a decisão. “Pode ser que seja o último [programa], pode ser que não. Fomos censurados novamente pelo Xandão”, iniciou o apresentador em vídeo na plataforma Rumble. “O cara quer me destruir, porque você não pode mais falar o que pensa, tem que ser um robozinho que aceita os dogmas da política vigente, que tem o seu jesus cristo ‘Xandão’, que é um anticristo do caralh*”.
Na live, o influencer admitiu não ter ‘saída’ contra a última decisão proferida e questionou a audiência sobre o tema. “O que eu posso fazer contra esse cara? Não tem mais redes, né? Eu vou recorrer a quem? Quem nessas instituições vai poder frear esse cara”.
Desse modo, o ministro determinou que a Polícia Federal realize o depoimento de Monark em até cinco dias. Nesse sentido, o ministro sustentou sua decisão devido à necessidade de impedir que qualquer tipo de discurso com características de ódio, desordem ou incentivo à quebra da normalidade da instituição e do sistema democrático através do congelamento de contas em redes sociais.
Em suma, de acordo com Alexandre de Moraes, sua decisão é baseada na interrupção de qualquer propagação de discursos com conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática por meio do bloqueio das contas em redes sociais.