Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (17) o bloqueio de contas bancárias de 43 pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas em atos antidemocráticos contra o resultado das eleições.
Em sua decisão, o ministro afirma que a ordem é “necessária, adequada e urgente” diante da “possibilidade de utilização de recursos para o financiamento de atos ilícitos e antidemocráticos”. Além disso, ele determinou que a Polícia Federal (PF) colha, em até dez dias, depoimentos de todas as empresas e pessoas listadas em sua ordem.
Alexandre de Moraes citou o bloqueio de rodovias de todo o país por manifestantes que não concordam com a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições e o deslocamento de 115 caminhões para o Quartel General do Exército, em Brasília, “com objetivo de reforçar atos criminosos”.
No fim de semana, ele determinou que agentes da PF, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar (PM) atuassem com o objetivo de liberar “todas as vias públicas” que estejam com o trânsito interrompido “ilicitamente” em Brasília, no Distrito Federal.
Na ocasião, o ministro determinou que os agentes atuassem a fim de impedir “inclusive nos acostamentos, a ocupação, a obstrução ou a imposição de dificuldade ao acesso a vias e prédios públicos; ou o desfazimento de tais providências, quando já concretizadas, e que identifiquem eventuais caminhões utilizados para bloqueios, obstruções e/ou interrupções em causa”.
A decisão do ministro aconteceu depois que passou a circular a notícia de que os caminhões haviam chegado em Brasília com o objetivo de se juntar ao grupo de apoiadores de Bolsonaro que se encontram na capital do país.
Assim como vem publicando o Brasil123, desde a vitória de Lula, militantes que não aceitam a derrota fecharam estradas e fizeram protestos em todo o Brasil. Em dado momento, mais de 500 rodovias estavam bloqueadas. Esses bloqueios só diminuíram após uma decisão do STF que determinou a desobstrução das estradas e também por conta de um pedido do próprio Bolsonaro, que gravou um vídeo afirmando que os bloqueios impediam o direito de ir e vir das pessoas.
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