Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), foi eleito nesta terça-feira (14) presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Ele assumirá o posto no lugar do atual número um da Justiça Eleitoral, Edson Fachin, no dia 16 de agosto.
Presidente Bolsonaro diz que não “leva jeito” para o cargo
Durante a sessão desta terça, Alexandre de Moraes, que é quem vai comandar as eleições de outubro fez um breve discurso. Não ocasião, ele defendeu a importância de que as eleições sejam realizadas com normalidade, sem “discursos de ódio” e “notícias fraudulentas”.
“Nossos eleitores e nossas eleitoras merecem esperança. Esperança nas propostas e projetos sérios de todos os candidatos. Nossas eleitoras e eleitores não merecem a proliferação de discursos de ódio, de notícias fraudulentas e da criminosa tentativa de cooptação, por coação e medo, de seus votos por verdadeiras milícias digitais”, disse o ministro.
Em seguida, ele, que assim como Edson Fachin, é um dos principais alvos do presidente Jair Bolsonaro (PL), que vem lançando dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro – sem apresentar qualquer prova de supostas fragilidades –, disse que a Justiça Eleitoral não vai permitir a ação de pessoas que atentem contra a democracia.
“A Justiça Eleitoral não permitirá que milícias, pessoais ou digitais, desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia no Brasil. E para isso, presidente, sabemos nós todos da Justiça Eleitoral que podemos contar com os outros poderes e órgãos republicanos do nosso país, que acreditam e defendem o fortalecimento da democracia”, afirmou o ministro.
Em outra ocasião, ele afirmou que o momento é de união e que, por isso, conta com a ajuda do Ministério Público Eleitoral (MPE), da Polícia Federal (PF) e das Forças Armadas para que as eleições deste ano ocorram em plena normalidade. “O momento é de união, esperança e fortalecimento da democracia, único regime onde todo poder emana do povo e em seu nome é exercido, por meio de eleições limpas, seguras e transparentes”, completou Alexandre de Moraes.
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