Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira (07) que, em sua visão, a democracia brasileira venceu em 2022. Isso, mesmo com os ataques ao Poder Judiciário, às urnas e à imprensa.
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De acordo com Alexandre de Moraes, que deu sua declaração enquanto participava da cerimônia de abertura do Congresso Internacional de Direito Constitucional, em Brasília, neste ano, o Brasil mostrou que, mesmo com os ataques, “tem instituições fortes”.
“As instituições, os poderes de Estado, são compostos por pessoas. Nós acertamos, nós erramos, por isso que os órgãos do Supremo são colegiados — nos colegiados, o erro tende a ser menor. Mas nós acertamos e podemos errar, mas nós não nos omitimos. O STF, o Poder Judiciário brasileiro não se omitiu na defesa da democracia. A democracia em 2022 venceu no Brasil”, disse.
Neste ano, Alexandre de Moraes realizou inúmeros discursos defendendo a democracia, o processo eleitoral brasileiro e a Justiça Eleitoral. Em certas ocasiões, ele afirmou que a democracia brasileira foi atacada e sobreviveu por ter instituições fortes. Além disso, o ministro do STF também afirmou que as eleições simbolizaram o “respeito à democracia como o único regime político” e reiterou que as urnas eletrônicas são transparentes, seguras e auditáveis.
Nesta quarta, ele pontuou que até mesmo uma legenda, o Partido Liberal (PL), que tem o presidente Jair Bolsonaro como um de seus filiados, atacou a democracia ao fazer “alegações falsas” sobre as urnas. Assim como publicou o Brasil123, a legenda queria anular a votação do segundo turno das eleições, mesmo sem apresentar prova ou indício de irregularidade na votação.
“No Brasil, se atacou a urna eletrônica. Nós também subestimamos isso, nunca houve uma fraude. Se aparecesse alguma fraude, a Justiça seria a primeira a combater. Até um partido político fez alegações falsas baseadas em absurdos, mas para atacar a raiz da democracia”, disse Alexandre de Moraes, que multou o PL em mais de R$ 22 milhões por conta das alegações infundadas.
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