Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou neste sábado (14), durante o Congresso Brasileiro de Magistrados em Salvador, na Bahia, que a democracia no Brasil será garantida com votação limpa, transparente e através de urnas eletrônicas.
“Vamos garantir a democracia no Brasil com eleições limpas, transparentes e por urnas eletrônicas. Em 19 de dezembro, quem ganhar vai ser diplomado nos termos constitucionais, e o Poder Judiciário vai continuar fiscalizando e garantindo a democracia”, afirmou ele, que discursou no evento durante 30 minutos.
Em outro momento, o ministro citou os seguidos ataques proferidos pelas “milícias digitais”, que visam propagar informações falsas com o intuito de afetar o estado democrático. “As milícias digitais produzem conteúdo falso, notícias fraudulentas, e têm o mesmo ou mais acesso que a mídia tradicional”, disse.
Para Alexandre de Moraes, a “internet deu voz aos imbecis” e hoje, essas “milícias digitais” atuam com um objetivo bastante claro: fazer com que a população duvide da mídia tradicional que é, segundo ele, um dos três sustentáculos da democracia.
“A internet deu voz aos imbecis. Hoje qualquer um se diz especialista, veste terno, gravata, coloca painel falso de livros [no fundo do vídeo] e fala desde a guerra da Ucrânia até o preço da gasolina, além de atacar o Judiciário”, afirmou o ministro, dizendo ainda que, como “não dá para atacar o povo, começaram a atacar os instrumentos que garantem a democracia”.
Judiciário não vai abaixar a cabeça, diz Alexandre de Moraes
Por fim, o ministro ainda destacou que, apesar dos seguidos ataques feitos por movimentos que atentam contra a democracia, o Poder Judiciário não vai “abaixar a cabeça” e se “acovardar perante essas agressões”.
“De quatro em quatro anos tem eleições, e essas milícias digitais sabem disso. O Poder Judiciário não pode e não vai se acovardar, eu tenho absoluta certeza disso. O Poder Judiciário não pode e não vai se acovardar perante essas agressões”, finalizou o próximo presidente do TSE.
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