Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou neste sábado (01) durante um evento realizado em Brasília que espera “integridade, competência e coragem” do novo membro da Corte, que assumirá o posto hoje ocupado por Ricardo Lewandowski, que irá se aposentar por atingir a idade máxima para um ministro do Supremo, 75 anos.
“Eu espero que o novo substituto seja alguém que possa honrar a cadeira do ministro Ricardo Lewandowski”, disse Alexandre de Moraes, que relembrou que o ministro foi seu professor da faculdade e fará falta à Corte. “É um grande ministro, é professor titular do Largo de São Francisco [Universidade de Direito da USP] e foi meu professor em 1986. Então, vai fazer muita falta ao STF”, disse.
“Mas o que podemos esperar do novo ministro é integridade, competência e coragem, pelo menos semelhante ao ministro Lewandowski”, acrescentou Alexandre de Moraes ao comentar sobre a aposentadoria de Ricardo Lewandowski, que irá completar 75 anos em maio, mas decidiu que irá se aposentar no próximo dia 11 de abril.
O ministro chegou ao STF em 2006 por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre 2010 e 2012, ele foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, de 2014 até 2016, ele chefiou o STF – na ocasião, ele foi o responsável por presidir o julgamento que culminou no impeachment da até então chefe do Executivo Dilma Rousseff (PT).
Novo ministro do STF
Hoje, o mais cotado para assumir a vaga no STF é o baiano, Manoel Carlos, professor da Universidade de São Paulo (USP), especialista em direito eleitoral e considerado uma “espécie de filho” para Ricardo Lewandowski, que conta com o apoio de outros ministros para a indicação do jurista.
Esses integrantes da corte apontam sua idade como um ponto forte, visto que ele tem menos de 50 anos. Conforme as informações, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), responsável pela indicação, tende a comprar a ideia, pois tem a intenção é indicar um nome que tenha uma trajetória longa no STF – a aposentadoria compulsória ocorre aos 75 anos – essa aposentadoria compulsória é, inclusive, o motivo para Ricardo Lewandowski sair da Corte.
Além do jurista baiano, também existe a possibilidade de que Cristiano Zanin, advogado de Lula e o responsável por defender o presidente em vários processos recentes, como o da Lava Jato, seja indicado. Todavia, existe a possibilidade de que o nome do defensor seja deixado de lado, pelo menos por agora, pois, no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, interlocutores do presidente alertam sobre o “custo político” de uma indicação de Zanin agora.
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