Alexandre de Moraes, ministro Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou nesta sexta-feira (11), para todo o país, sua decisão para que a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Militar (PM) dos estados adotem todas as medidas que forem necessárias e suficientes para identificar veículos e empresas que ofereçam apoio logístico e financeiro aos manifestantes que permanecem em locais públicos bloqueando as vias.
“Com o resguardo da ordem no entorno e, principalmente, da segurança dos pedestres, motoristas, passageiros e dos próprios participantes do movimento ilegal que porventura venham a se posicionar em locais inapropriados em vias públicas ou no entorno de prédios públicos; bem como, para impedir, inclusive nos acostamentos, calçadas, logradouros públicos, a ocupação, a obstrução ou a imposição de dificuldade ao acesso a vias e prédios públicos”, disse Alexandre de Moraes, que manteve a multa de R$ 100 mil por hora em caso de descumprimento.
Na quinta-feira (10), assim como publicou o Brasil123, após as notícias de que mais 115 caminhões estavam se deslocando para Brasília, o ministro intimou a PF, a PRF e a PM do Distrito Federal para que as corporações adotassem as medidas necessárias e suficientes para a desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estivessem com o trânsito interrompido.
A decisão de Alexandre de Moraes foi mais uma registrada desde o dia 30 de outubro, data em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) perdeu as eleições para o chefe do Executivo eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus apoiadores passaram a paralisar estradas em todo o Brasil e pedir uma intervenção militar, algo é que inconstitucional.
Na decisão desta sexta, Alexandre de Moraes também determinou que sejam incluídos no processo os documentos juntados pelos procuradores-gerais de Justiça dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo, “mantendo-se sigilo processual sobre elementos informativos que identificam pessoas jurídicas e físicas que, ilicitamente, vem financiando a ocorrência de atos criminosos e antidemocráticos”.
No meio da semana, o Brasil123 relatou que Alexandre de Moraes se reuniu com procuradores dos estados citados. Após a reunião, Mário Luiz Sarrubbo, que desempenha a função de procurador-geral de Justiça de São Paulo, afirmou que “há uma grande organização criminosa com funções pré-definidas” por trás dessas manifestações. “Financiadores, arrecadadores, como é de conhecimento público, tem vários números de pix. Agora temos que estabelecer quem exerce qual função”, relatou ele.
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