O presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), foi “agraciado” por mais um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Desta vez, o ministro da Corte, Alexandre de Moraes, determinou investigações para que sejam apuradas as declarações falsas do chefe do Executivo sobre a relação entre a vacina contra a Covid-19 e a infecção causada pelo vírus da Aids.
A declaração polêmica do presidente, que agora soma cinco inquéritos no STF desde que ele assumiu a presidência, acontece em outubro deste ano quando, durante uma live, ele citou uma notícia falsa. Essa reportagem em questão dizia que pessoas que tomaram duas doses da vacina contra a Covid-19 no Reino Unido e passaram a desenvolver Aids.
Depois da repercussão, cientistas do mundo todo desmentiram as declarações do presidente. Além disso, redes sociais como Instagram, Facebook e Youtube determinaram a remoção do vídeo de todas as plataformas. As declarações do presidente aconteceram no dia 21 de outubro, um dia depois de ele ter sido indiciado por 11 crimes relacionados à sua postura no enfrentamento à pandemia.
Em sua determinação, Alexandre de Moraes afirmou não existirem dúvidas “de que as condutas noticiadas do Presidente da República, no sentido de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra o Covid-19 utilizam-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais.
Para o ministro, as atitudes do presidente fazem com que seja necessário a “adoção de medidas que elucidem os fatos investigados, especialmente diante da existência de uma organização criminosa.
Em outro Alexandre de Moraes associou as declarações de Bolsonaro à atuação da organização criminosa investigada no inquérito das fake news no Supremo, no qual o chefe do Executivo também é alvo.
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