O recém anunciado programa de passagens aéreas do governo Lula pode começar a valer a partir de agosto, segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. Além disso, ele afirma que o programa tem o aval das três maiores companhias aéreas do país. O intuito do governo é facilitar o acesso de brasileiros ao transporte aéreo.
Apesar disso, especialistas dizem que existem regras para o programa. Elas já foram anunciadas previamente, mas podem mudar. O anúncio oficial deverá ser feito pelo próprio presidente Lula.
Programa Voa Brasil sairá do papel
Em entrevista ao O Globo, o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, afirmou que a atual gestão quer implementar o projeto para baratear passagem para os brasileiros, ao mesmo tempo em que busca fomentar o setor de aviação aérea no país.
Segundo o ministro, a ideia é usar os assentos vazios das aeronaves das atuais empresas e vender os assentos vagos para os passageiros a um preço menor. O valor da tarifa foi fixado em R$ 200. As estimativas preliminares apontam que isso colocaria algo em torno de R$ 15 milhões a mais nos cofres das companhias aéreas. Atualmente, dados do setor mostram que a taxa média de ocupação dos voos é de 78% a 80%.
A ideia preliminar é colocar alguns filtros para a participação no projeto. A renda máxima declarada permitida para participar será de R$ 6.800. Pessoas com renda maior que essa não poderão participar. Ainda, estudantes do FIES, bolsistas e inscritos no CadÚnico terão acesso às passagens.
Além disso, o programa terá um limite de 4 passagens ao ano, considerando cada trecho. Dessa forma, cada brasileiro ganharia 2 viagens com ida e volta. O valor de R$ 200 é por cada trecho. Assim, sairia R$ 400 ida e volta para cada brasileiro. Ainda, o próprio ministro de Lula afirma que as três maiores companhias aéreas já aceitaram participar do programa.
Começará em agosto, diz ministro de Lula
O ministro de Lula, Márcio França, afirmou que o programa de venda de passagens aéreas a preços acessíveis começará já em agosto. A ideia do governo é dar mais acesso às classes mais baixas ao setor aéreo.
Segundo o ministro, “temos 90 milhões de passagens por ano, uma das maiores do mundo, mas só 10% dos CPFs voam. Vamos ajudar a resolver o problema no segundo semestre, com o programa de R$ 200 o trecho, ocupando a ociosidade“. Ele ainda confirmou ao Correio Braziliense que o próprio presidente deve anunciar o início do projeto. Apesar disso, Lula ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema.
Recentemente, a pasta também anunciou que conversará com o governo do Rio de Janeiro para rever o uso do aeroporto Santos Dumont. Segundo especialistas, os temas não tem relação, já que as linhas disponíveis serão vendidas e não haverá criação de novos voos apenas para atender essa demanda.