Os brasileiros acabaram de ter uma péssima notícia neste final de semana. Conforme aguardado, a gasolina e o etanol acabaram de ficar mais caros nas bombas e, com isso, pesou de maneira significativa no bolso dos consumidores.
Para esclarecer, segundo o levantamento semanal realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o valor de dois dos três principais combustíveis do país subiram nesta semana. Nesse sentido, somente o diesel que seguiu a trajetória de queda, como vem acontecendo nos últimos meses.
A gasolina, por exemplo, esteve com o preço médio em uma forte alta de 5,78% se comparado à semana anterior, e saltou de R$ 5,36 para R$ 5,67 no país. Resumindo, esse é o maior valor médio da gasolina desde a última semana de julho de 2022 (R$ 5,74), ou seja, em 11 meses.
Dessa forma, a ANP revelou que o maior preço encontrado nos postos do país nesta semana foi de R$ 7,39. Isso significa que alguns estabelecimentos comercializaram o litro do combustível a um preço 30,3% superior a média do país, dificultando ainda mais a vida dos motoristas.
Valor do etanol também dispara no país
Assim como ocorreu com a gasolina, o etanol hidratado também ficou mais caro no país. Em síntese, o preço médio do biocombustível subiu 5,08% e, com isso, passou de R$ 3,74 para R$ 3,93. Sendo assim, o valor saltou do menor patamar em quase oito meses para o maior em um mês e meio.
Nesse sentido, o preço mais elevado encontrado nos postos pela agência foi de R$ 6,29. Com isso, superou em 60% a média nacional. Isso indica que os valores do etanol tiveram uma variação bem mais expressiva que a gasolina.
Na prática, o etanol acompanha, normalmente, as variações da gasolina, pois não há regulação dos preços do biocombustível no país. Isso significa que as variações do etanol se definem pela razão entre oferta e procura, oscilando, em especial, conforme às variações nos preços da gasolina. Em suma, isso ocorre pelo fato de que os combustíveis são concorrente nas bombas.
O preço do etanol, durante esta semana, não subiu somente por acompanhar o valor da gasolina. O fato é que o Governo Federal voltou a cobrar a alíquota inteira de impostos federais, impulsionando o preço tanto da gasolina quanto do etanol.
Reoneração de impostos encarece os combustíveis
Acima de tudo, vale lembrar que neste mês de julho, os combustíveis ficaram mais caros no país. Resumindo, o governo Lula (PT) retomou a cobrança integral de tributos federais sobre a gasolina, bem como sobre o etanol no início deste mês. Tudo isso, depois de prorrogar por mais quatro meses a desoneração parcial sobre esses combustíveis, até o final de junho.
Conforme informações da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) a reoneração integral dos impostos federais PIS/Cofins deveria subir o preço do litro da gasolina em 34 centavos e o do etanol em 22 centavos.
Ademais, a gasolina teve alta de 31 centavos nesta semana, enquanto o etanol ficou 19 centavos mais caro. Devido a essas altas serem menores que o projetado pela Abicom, os preços podem subir ainda mais na próxima semana.
Todavia, também vale destacar que a Petrobras reduziu em 5,3% o preço da gasolina no último dia 1º de julho. Em suma, o reajuste pode segurar os valores da gasolina, impedindo que haja elevação na próxima atualização do levantamento da ANP.
Apesar disso, também cabe lembrar que as reduções demoram mais tempo para chegar ao consumidor, isso quando realmente chegam. Seja como for, o preço da gasolina pode subir nos postos e assim, impulsionar a reoneração dos impostos. Contudo, também pode cair, refletindo o reajuste promovido pela Petrobras.
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