Um deputado alemão do partido da chanceler Angela Merkel, vai renunciar por estar envolvido em um escândalo de compra de máscaras. Uma empresa administrada pelo parlamentar Nikolas Löbel recebeu comissões de 250 mil (cerca de R$ 1,7 milhão) por intermediar contratos entre fabricantes e autoridades da Alemanha.
Löbel foi criticado pelo próprio partido, União Democrática Cristã (CDU), de centro-direita, depois que as alegações surgiram na última sexta-feira (5). Ele admitiu no domingo (7) que cometeu um erro e deveria ter sido “mais sensível”.
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O deputado anunciou que deixaria o comitê de relações exteriores do parlamento imediatamente e desistiria do cargo no parlamento no final de agosto. A Alemanha deve realizar uma eleição parlamentar nacional, para determinar quem sucederá a chanceler Merkel, em setembro.
Corrupção na Alemanha durante a pandemia
O escândalo que envolve Löbel ocorre quando outro parlamentar de centro-direita, Georg Nüblein, enfrenta uma investigação de corrupção em Munique. O processo também está relacionado com acordos de aquisição de máscaras. Nüblein nega qualquer irregularidade.
O ministro da Defesa da Alemanha, Annegret Kramp-Karrenbauer, que liderou o CDU até janeiro, tuitou que ambos os deputados deveriam “renunciar aos mandatos imediatamente”. “Acho profundamente indecente que os parlamentares tenham se enriquecido com a aquisição de máscaras na crise mais séria desde a Segunda Guerra Mundial”, acrescentou o secretário-geral do partido, Paul Ziemiak.
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