O Conselho Curador do FGTS (CCFGTS) aprovou nesta terça-feira, 20, um aumento no valor máximo do financiamento imobiliário do programa Minha Casa Minha Vida. Além disso, o governo reestruturou a taxa de juros da operação, além de aumentar o subsídio para habitação em algumas faixas. De acordo com o governo, a ideia é expandir o programa ainda mais.
Com os novos ajustes, economistas acreditam que o imóvel próprio ficará mais acessível, inclusive para a faixa 3, que é a renda mais alta permitida no programa. Além disso, as novas regras do Minha Casa Minha Vida devem começar a ser implementadas ao longo de julho.
Novidades no Minha Casa Minha Vida
O Governo Federal anunciou quatro mudanças básicas no programa Minha Casa Minha Vida. A ideia da atual gestão é facilitar ainda mais a compra da casa própria, no intuito de acelerar a economia e facilitar o subsídio do crédito habitacional no país. Nesse ano, o governo destinou R$ 9,2 bilhões para o programa e o valor pode ser ainda maior em 2024.
No caso do subsídio, o governo aumentou de R$ 47,5 mil para até R$ 55 mil o valor pago às famílias de baixa renda, nas faixas 1 e 2 do programa. Com isso, famílias com renda mensal de até R$ 4,4 mil poderão ter acesso a um subsídio maior.
Além disso, a taxa de juros do programa passou por cortes. Isso porque o percentual cobrado caiu de 4,25% para 4% ao ano no Norte e no Nordeste, e de 4,50% para 4,25% no Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Ainda, uma das notícias mais comemoradas foi o fato de o CCFGTS aumentar o valor do imóvel que pode ser comprado. Agora, famílias da faixa 3 do Minha Casa Minha Vida (que ganham de R$ 4,4 mil a R$ 8 mil mensais) podem financiar imóveis de até R$ 350 mil. Anteriormente, o valor máximo era de R$ 264 mil. Além disso, as famílias das faixas 1 e 2 podem financiar imóveis de R$ 190 mil a R$ 264 mil, de acordo com a região.
Ampliação do programa é desejo do governo
Na semana passada, o presidente Lula confirmou a intenção do Governo Federal em ampliar o programa de habitação. Atualmente, o Minha Casa Minha Vida atende famílias com renda mensal de até R$ 8 mil, mas há o desejo de atender ainda mais pessoas. Contudo, a ideia ainda está no início.
Isso porque, segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, ainda é preciso conversar com o Ministério da Casa Civil e também com a Caixa Econômica Federal. Atualmente, é o banco que faz a gestão dos valores do FGTS e, por isso, é preciso entender os impactos da ampliação do programa no saldo dessas contas. Além disso, caso aconteça a mudança, o valor máximo para financiamento também aumentaria.
Isso porque atualmente a renda atendida pelo Minha Casa Minha Vida é de R$ 8 mil mensais. A ideia é financiar famílias com renda mensal de até R$ 12 mil. Com isso, o valor do imóvel financiado subiria dos atuais R$ 350 mil para R$ 500 ou R$ 600 mil, segundo Jader Filho.
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