O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), afirmou nesta quarta-feira (13) que está sofrendo “agressões” devido à sua demora em pautar a indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota, o senador afirmou que tem sido atacado tanto por questões políticas, aos dizerem que ele quer outro nome no STF, quanto por questões religiosas, ao afirmar que ele, judeu, quer barrar André Mendonça, um pastor evangélico.
“Tenho sofrido agressões de toda ordem. Agridem minha religião, acusam-me de intolerância religiosa, atacam minha família, acusam-me de interesses pessoais fantasiosos”, disse o senador.
De acordo com ele, tem havido um movimento para “transformar a legítima autonomia do presidente da CCJ em ato político e guerra religiosa”. Em seu texto, publicado nas redes sociais, Alcolumbre não cita o indicado e nem quem o indicou, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Todavia, ele é enfático em dizer que nunca praticou “troca de favores com quem quer que seja.” “Jamais condicionei ou subordinei o exercício do mandato a qualquer troca de favores políticos com quem quer que seja”, afirmou.
Em outro momento, ele ressaltou que a Constituição estabelece a nomeação do Ministro do Supremo Tribunal Federal não como ato unilateral e impositivo do Chefe do Executivo. Segundo ele, o ato como um todo é complexo, e conta com a participação efetiva e necessária do Senado Federal.
Outras prioridades, diz Alcolumbre
Para o senador, a sabatina de André Mendonça, indicado em julho por Bolsonaro, não é um tema prioritário no momento. De acordo com Alcolumbre, a casa deve se concentrar em assuntos como os econômicos como a geração de empregos e a busca de saídas para a inflação, por exemplo.
“A prioridade do Poder Legislativo, no momento, deve ser a retomada do crescimento, a geração de empregos e o encontro de soluções para a alta dos preços que corroem o rendimento dos brasileiros”, finaliza o presidente da CCJ na nota.
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