Lula escolheu o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, para coordenar a equipe de transição de governo. Do outro lado, Ciro Nogueira, atual ministro da Casa Civil, lidera o processo. Desse modo, Alckmin se encontrou com Ciro Nogueira nesta quinta-feira (03), no Palácio do Planalto, abrindo a primeira reunião para tratar da transição para o governo Luiz Inácio Lula da Silva.
O que aconteceu no Palácio do Planalto?
O vice-presidente indicado chegou ao Planalto acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do coordenador do programa de governo de Lula, Aloizio Mercadante. Alckmin disse que a conversa foi “bastante proveitosa” e enfatizou mais de uma vez na entrevista que “a transição começou”. Segundo ele, a equipe de transição trabalhará no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília. “Amanhã a Gleisi e o Mercadante vão lá fazer uma visita e nós deveremos começar a partir de segunda-feira”, disse Alckmin.
É importante ressaltar que, conforme a Lei 10.609/2002, que regulamenta a transição de governo, cabe ao Ministro da Casa Civil a coordenação do processo de transição para o novo governo.
Sobre a equipe de transição de Lula
O presidente eleito tem o direito de criar uma equipe de transição com até 50 vagas. Essa equipe tem acesso aos registros públicos coletados pelo governo e pode começar a preparar os primeiros passos de sua gestão. Durante a eleição, os partidos da coalizão Lula formaram a equipe de transição. No entanto, o novo vice-presidente eleito não quis revelar quem eles seriam até que formassem oficialmente uma equipe. Contudo, Alckmin sugeriu incluir os partidos políticos MDB e PDT, que apoiaram a candidatura de Lula no segundo turno da eleição. Além disso, ele achou que os nomes foram adequados para inclusão na equipe de transição.
Importante destacar que, apesar de não descartar o uso de nomes de outros partidos políticos, ele preferiu membros do MDB e do PDT para esse cargo. “A partir de segunda-feira, depois da reunião com o presidente Lula, a gente começa a divulgar os nomes da transição”, disse Alckmin.
Geraldo Alckmin comenta sobre bloqueios
Questionado sobre o que achou dos bloqueios impostoa pelos bolsonaristas que protestam contra o resultado das eleições, Alckmin comentou que o direito de ir e vir era “sagrado” e classificou os atos como “graves”. “O direito de ir e vir é sagrado. Não é possível impedir as pessoas de se locomover. É grave. Você pode comprometer a saúde das pessoas, o abastecimento, os hospitais, transplante, vacina, alimentação, combustível. Prejuízo!”, ressaltou.
A pergunta é: quem vai pagar esses prejuízos? Quem paga isso? Quem vai ser responsabilizado por esses prejuízos. Uma coisa é manifestação. Outra é limitar o direito de ir e vir das pessoas.”, concluiu Alckmin.