O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), repetiu hoje que o novo governo tem compromisso com as contas públicas.
Segundo ele: “Podem ter certeza que esse ajuste e essa eficiência ocorrerão”, dito isso em uma participação em evento organizado pelo grupo de empresários Esfera Brasil. “O ajuste fiscal vai ser feito e de maneira permanente”, garantiu o vice-presidente.
O grande debate sobre as contas públicas têm causado uma grande movimentação no mercado e na política de transição do governo eleito. Porém, Alckmin prometeu que o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não irá gastar mais do que arrecadar e enfatizou que será preciso cortar gastos. “Em 2020 tivemos 10% de déficit primário no Brasil. Ora, pandemia teve no mundo inteiro e o México não teve 3% de déficit”, comparou.
Além disso, o vice-presidente afirmou que existe uma grande possibilidade de se fazer o ajuste e também acalmou a sociedade que mais necessita. Nesse sentido, Alckmin disse que governar é escolher, e o ajuste será pensando também pelo lado social. Segundo ele, serão quatro anos de ajuste, porque você pode melhorar a eficiência do gasto público todo dia.
Alckmin assegura o lado social
Nesse grande embate entre lado social e mercado, Geraldo Alckmin afirmou que o novo governo do presidente Lula não pretende alterar nenhuma reforma feita em governos anteriores. O tom do vice-presidente vai de encontro com a Reforma da Previdência que tanto foi falada nos últimos dias.
“A reforma trabalhista é importante. Não vai voltar imposto sindical e não vai voltar legislado sobre o acordado. Não vai”, acrescentou Alckmin. “Agora, as plataformas digitais precisam ser verificadas. Um menino entregador de lanche que não tem descanso semanal, aposentadoria, nada”, completou o vice-presidente.
Além disso, Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, voltou a elogiar as reformas feitas durante os últimos governos, como as de Michel Temer e do então presidente Jair Messias Bolsonaro. Segundo Campos Neto, as reformas feitas resultam ao longo do tempo e possuem impacto positivo na geração de emprego do país.
Transição do governo
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, rebateu as críticas sobre o “assembleísmo” do PT e defendeu o grande número de integrantes do governo de transição, na casa de centenas. “Quanto mais a gente estimular a sociedade civil a participar, melhor.
O vice foi além e disse que se puder colocar mais entidades nos grupos da transição, todo mundo voluntário, quem ganha é a sociedade. Quem ouve mais, erra menos. Governo moderno interage”, afirmou o ex-governador de São Paulo, em participação em evento organizado pelo grupo de empresários Esfera Brasil.
O vice-presidente eleito repetiu ainda que os mandatos de Lula tiveram crescimento econômico com pouca inflação. Alckmin disse que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está ouvindo muita gente na economia e elogiou a pluralidade do grupo da área na transição.