Em seu primeiro discurso após se filiar ao PSB, Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, afirmou que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é, atualmente, “aquele que melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro”. O discurso, ocorrido em Brasília após a filiação, abriu o caminho para que o ex-integrante do PSDB oficialize a aliança para ser candidato a vice-presidente na chapa de Lula, que disputará as eleições em outubro.
PT vê Alckmin como fiel da balança em 2º turno em SP
Durante o evento, ocorrido nesta quarta-feira (23), Geraldo Alckmin criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), dizendo que o atual chefe do Executivo representa um risco democrático. “Aqueles que criticam, que desconfiam, e agem de maneira displicente em relação aos resultados das eleições, estão na realidade ofendendo a democracia. Aqueles que ameaçam o parlamento, estão ameaçando a democracia. Os que agridem o STF, estão agredindo a democracia”, disse.
Em contrapartida, o político elogiou Lula e agradeceu ao seu novo partido por apoiá-lo. “Quero cumprimentar o PSB pela decisão de apoiar o presidente Lula para a presidência da República. É ele. Nós temos que ter os olhos abertos para enxergar, a humildade para entender, que ele é, hoje, quem melhor interpreta o sentimento de esperança do povo brasileiro”, começou o ex-governador.
“Aliás, ele representa a própria democracia, porque ele é fruto da democracia”, completou Geraldo Alckmin, que se filiou ao PSB a dez dias do prazo limite para aqueles que querem participar das eleições deste ano.
Ainda no evento, ele comentou sobre a aliança com Lula, dizendo que não vê necessidade para que haja pressa para anunciar oficialmente a parceria entre os dois, que já foram rivais em eleições presidenciais e agora deverão ser parceiros na política.
“Vejo que não tem nenhuma pressa para isso. Importante foi a definição do PSB, uma definição de responsabilidade e compromisso com o Brasil, de apoio ao presidente Lula, baseado na defesa da democracia, da retomada do emprego e renda no Brasil”, disse.
Por fim, importante destacar que, apesar da não confirmação, o ex-governador já começa a creditar em Lula o título de eventual “salvador da pátria”. Isso porque, de acordo com ele, caso eleito, o petista “vai alargar o horizonte do desenvolvimento econômico e diminuir a triste diferença social atual”.
“O Brasil precisa ser bom não só para alguns, mas bom para todos”, destacou o ex-governador durante sua fala sobre Lula, que não compareceu ao ato de filiação do seu iminente vice.
Leia também: Governo Bolsonaro está preocupado com chapa Lula-Alckmin