O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin deixou, depois de mais de 33 anos, o PSDB, partido este que ele ajudou a fundar. A carta de desfiliação foi entregue nesta quarta-feira (15) ao diretório municipal do partido.
Em sua conta no Twitter, Alckmin anunciou que está deixando o partido e ainda relatou que agora é um “novo tempo”. “É um novo tempo! É tempo de mudança! Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim”, começou o ex-governador.
“Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho”, afirmou ele, que ainda relatou alguns valores que tem seguido nas mais de três décadas de PSDB.
“Jamais esqueci a lição do meu pai. Respeito às pessoas, lealdade aos princípios e firmeza de caráter. Só com esses valores é possível construir uma vida pública decente. Quero agradecer aos meus companheiros de jornada. Vocês foram muito importantes nessa travessia. Valeu cada obstáculo vencido, cada momento vivido, cada conquista feita. Em breve, anunciarei meus próximos passos”, completou o agora ex-tucano.
Alckmin com Lula
Nas últimas semanas, assim como vem publicando o Brasil123, tem aumentado a possibilidade de uma aliança formada por Alckmin e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem interesse em ter o ex-governador como seu vice.
Recentemente, Lula deu sinal verde para uma mobilização de sindicalistas em defesa de uma chapa com ele como candidato a presidente e, como vice, o ex-governador Geraldo Alckmin, de saída do PSDB.
“É uma pessoa que respeito muito, gosto muito. Sempre tive grande relação, sempre foi um bom governador. É um bom nome”, afirmou Lula, que ainda completou elogiando Alckmin, dizendo que ele sempre foi um bom governador e que é uma pessoa honesta.
“O cara é bom. Continuem insistindo para compor a chapa. Foi bom para São Paulo como governador e vai ser bom vice para o Brasil. O Alckmin é uma pessoa honesta”, disse Lula. Do outro lado, também há interesse. O ex-governador já disse que aceitaria ser vice do petista, mas desde que pudesse desempenhar um papel importante para o governo.
Leia também: Bolsonaro testa negativo para Covid-19 e confirma presença em posse do novo ministro do STF