Em março deste ano, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) iniciou uma investigação acerca das famílias unipessoais, que consistem em agregados familiares compostos por apenas uma pessoa, geralmente um idoso ou uma pessoa com deficiência.
Por meio de uma Averiguação Cadastral no Cadastro Único, estimou-se que o programa excluiu mais de 900 mil beneficiários unipessoais. No final de agosto, o MDS introduziu uma nova norma para aqueles que vivem sozinhos, conforme descrito a seguir.
Origem da Fraude no Bolsa Família
Tudo começou com a suspeita de fraudes no programa Bolsa Família. O Tribunal de Contas da União (TCU) alertou para possíveis ações fraudulentas, onde membros da mesma família estariam simulando pertencer a grupos diferentes para acumular benefícios. Em 2022, cerca de 22% dos beneficiários do programa eram compostos por famílias unipessoais.
Em resposta a isso, no final de agosto, o MDS estabeleceu uma nova regra para as famílias unipessoais: os municípios podem ter no máximo 16% de famílias unipessoais em relação ao total de beneficiários do Bolsa Família naquela localidade.
Isso significa que, se um município tiver 100 beneficiários do Bolsa Família, no máximo 16 deles podem ser famílias unipessoais. Essa regra se aplicará apenas a novas concessões de benefícios.
É importante notar que o programa não excluirá as famílias unipessoais já existentes no Bolsa Família; elas continuarão a receber o benefício normalmente.
Além disso, as famílias unipessoais que atendam aos critérios do programa ainda podem solicitar a inclusão. No entanto, passarão por uma avaliação mais rigorosa para verificar se atendem aos requisitos estabelecidos.
Critérios para a inclusão de famílias unipessoais no programa incluem:
- Estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
- Ter renda familiar per capita de até R$ 105,00.
- Morar em situação de pobreza ou extrema pobreza.
As famílias unipessoais que atendam a esses critérios podem solicitar a inclusão no Bolsa Família nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou nos postos de atendimento do CadÚnico.
O Crescimento das Famílias Unipessoais nos Últimos Anos
Nos últimos anos, notou-se um aumento notável no número de famílias unipessoais que se tornaram beneficiárias do Bolsa Família. Esse aumento pode ser atribuído a diversos fatores, como o envelhecimento da população brasileira, o aumento do desemprego e a redução da renda familiar.
As famílias unipessoais beneficiárias do Bolsa Família enfrentam vários desafios, incluindo dificuldades financeiras, já que dependem exclusivamente do benefício do programa. Além disso, essas famílias podem enfrentar problemas relacionados ao isolamento social e ao acesso limitado aos serviços públicos.
O governo federal implementou algumas medidas para apoiar as famílias unipessoais beneficiárias do Bolsa Família. Em 2023, aumentou o valor do benefício concedido a essas famílias. Além disso, lançou o programa “Averiguação Cadastral Unipessoal”, que visa identificar e monitorar as famílias unipessoais beneficiárias do programa.
Apesar dessas medidas governamentais, o acesso de qualidade a direitos e oportunidades para as famílias unipessoais beneficiárias do Bolsa Família ainda requer muito trabalho. É crucial que o governo continue investindo em políticas públicas que ofereçam suporte a essas famílias, assegurando-lhes condições de vida dignas.
Qual é o valor do Bolsa Família?
Antes de entrarmos nos detalhes do tutorial sobre como verificar o Bolsa Família, é importante fornecer informações abrangentes sobre o valor do benefício.
Em 2023, o governo estabeleceu o valor mínimo do Bolsa Família em R$ 600. Essa quantia se aplica a todos os beneficiários, com exceção daqueles que se enquadram na Regra de Proteção, que se aplica quando os beneficiários encontram novas oportunidades de emprego e aumentam sua renda.
Além disso, o Bolsa Família apresenta diversos complementos em 2023
- Benefício Primeira Infância: Este é um adicional de R$ 150 destinado a famílias que têm crianças de 0 a 7 anos incompletos em sua composição.
- Benefício Variável Familiar: Um adicional de R$ 50 é concedido às famílias que têm gestantes, crianças de 7 a 12 anos e adolescentes de 13 a 18 anos.
- Benefício Variável Nutriz: Este adicional é concedido a famílias que têm lactantes e bebês de até 7 meses incompletos.
- Benefício Extraordinário de Transição: Um adicional é fornecido apenas aos beneficiários que anteriormente recebiam valores mais substanciais pelo antigo programa Auxílio Brasil. Esse benefício será pago somente até maio de 2025.
- Benefício Mínimo per Capita: Com base em um novo método de cálculo, o governo oferece um acréscimo de R$ 142 para cada membro de famílias numerosas. Por exemplo, uma família com 10 pessoas teria a possibilidade de receber R$ 1.420.