A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu, nesta terça-feira (07), à Justiça Federal que o bloqueio de bens de apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), presos por depredarem as sedes dos Três Poderes – Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) – suba de R$ 18,5 milhões para R$ 20,7 milhões.
PGR denuncia mais suspeitos de participação em atos golpistas de Brasília
De acordo com informações publicadas pelo jornal “Folha de S. Paulo”, a tendência é que a Justiça Federal acate o pedido feito pela Advocacia-Geral da União. Essa solicitação aconteceu porque a Câmara dos Deputados refez os cálculos dos prejuízos provocados pelos invasores no dia 08 de janeiro. Segundo a Casa, o valor passou de R$ 1,1 milhão para R$ 3,3 milhões e, por isso, o montante bloqueado deveria ser maior do que o estabelecido anteriormente.
Ao todo, o pedido atinge 52 pessoas físicas e sete empresas que foram identificadas durante as investigações da Polícia Federal (PF) como sendo financiadores da logística dos atos golpistas de 08 de janeiro, com, por exemplo, o fretamento de ônibus. A Justiça Federal já autorizou que o bloqueio inicial seja executado.
Além dos citados, a medida também atinge 40 pessoas que foram presas em flagrante por participarem da invasão dos prédios dos Três Poderes. Hoje, a Justiça ainda analisa o pedido de bloqueio contra outras 84 pessoas presas em flagrante durante os atos terroristas. Até o momento, R$ 4,3 milhões já foram bloqueados de veículos das pessoas e empresas envolvidas nas ações.
Denúncias sobre os atos
Passados quase um mês dos atos, ainda surgem denúncias sobre supostos envolvidos nos ataques. Na segunda (06), assim como publicou o Brasil123, o Ministério da Justiça e Segurança Pública revelou que já recebeu mais de cem mil denúncias referentes aos atos terroristas registrados em Brasília no último dia 08 de janeiro. Segundo a pasta, ao todo, foram 102.407 e-mails referentes aos ataques até a tarde de segunda-feira. Ainda segundo o ministério, as denúncias foram feitas por 27.457 pessoas diferentes, que enviaram anexos e links para colaborar com as investigações.
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