O agronegócio do Brasil está enfrentando muitas dificuldades para exportar diversos produtos. A saber, os dois principais problemas citados pelas empresas do setor são o aumento do frete e a pouca disponibilidade de contêineres. Além disso, a recuperação econômica desigual no planeta também afeta o setor.
Em resumo, a pandemia da Covid-19 vem impactando negativamente as mais variadas atividades no mundo. A economia dos países afundou no ano passado. Em 2021, a retomada econômica global se viu diante de novos problemas, com a falta de matérias-primas e a consequente elevação dos seus preços.
Isso sem contar na variante Delta do novo coronavírus, que vem elevando os casos e mortes em todo o planeta há meses. A propósito, essa é a cepa mais transmissível já sequenciada e preocupa até mesmo países com altos percentuais da população imunizada. Tudo isso afeta a recuperação das economias.
Aliás, a pandemia, decretada em março do ano passado, continua afetando o mundo. Já se passou um ano e meio, mas a crise sanitária não mostra sinais firmes de arrefecimento. Os países não se recuperam de maneira homogênea e diversas empresas de transporte marítimo se veem obrigadas a mudar ou até mesmo cancelar escalas de navios.
O medo de novas disseminações do vírus continua limitando o trabalho do setor marítimo. E o agronegócio precisa desse transporte para escoar sua produção para o exterior.
Veja mais detalhes dos problemas do agronegócio
Em primeiro lugar, os países seguem impondo quarentena a navios para evitar a transmissão da Covid-19. A espera reflete na queda dos rendimentos. Enquanto muitos navios cumprem a quarentena, outros tantos aguardam sua vez para atracar em portos. E a situação é mais crítica na Ásia, onde grande parte da população ainda não está imunizada.
De acordo com um levantamento realizado com 128 empresas, o preço do transporte nos portos chegou a subir até 5 vezes, dependendo da rota. Por contêiner, o valor disparou de US$ 2 mil para US$ 10 mil. Em suma, o problema é global e o agronegócio do Brasil não escapa dessa realidade.
Segundo o diretor executivo das Agências de Navegação do Estado de São Paulo, a movimentação de cargas disparou nas rotas entre Ásia, Europa e Estados Unidos. Isso fez a oferta de contêineres no Brasil despencar. O resultado é o crescimento das dificuldades para as empresas do agro brasileiro, que não veem solução a curto prazo.
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