O grupamento de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura gerou 532 mil empregos na comparação entre o fevereiro e abril de 2020 e o mesmo período de 2021. Aliás, este foi o único grupo a registrar aumento de pessoas ocupadas entre os anos.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), outros seis grupamentos perderam vagas na pandemia, enquanto três mantiveram estabilidade em suas taxas.
Em números absolutos, o grupamento mais atingido foi o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. Em resumo, estes setores registraram uma forte queda de 6,7%, o que representa 1,1 milhão de pessoas ocupadas a menos nos setores.
O grupamento de alojamento e alimentação também teve uma perda expressiva no período (-871 mil pessoas). Aliás, no comparativo percentual, o grupamento foi o que mais sofreu. Nesse caso, houve uma perda de 17,7% das pessoas ocupadas entre os trimestres encerrados em abril de 2020 e 2021.
Vale destacar que este grupamento sofreu mais que os outros devido às medidas restritivas de circulação de pessoas. Em suma, os governos estimularam o distanciamento social, bem como limitaram a quantidade de passageiros em aviões e ônibus, por exemplo.
Como o medo da contaminação ficou bastante elevado durante boa parte do ano passado e no início deste ano, o setor não viu outra alternativa a não ser eliminar vagas. E isso aconteceu porque o movimento em restaurantes, bares, hotéis e pousadas caiu vertiginosamente.
Outros quatro grupamentos também perderam vagas
Além destes dois grupamentos, o de serviços domésticos também eliminou muitas vagas entre os anos. Assim, houve 562 mil pessoas ocupadas a menos no setor. Isso representa um tombo de 10,1% na comparação com o mesmo trimestre móvel de 2020.
Mais uma vez, o medo da contaminação fez diversos empregadores demitirem os seus funcionários e provocou essa queda expressiva de empregos no setor. Outros serviços (-13,9%, ou menos 660 mil pessoas), indústria geral (-4,3%, ou menos 497 mil pessoas) e transporte, armazenagem e correio (-8,3%, ou menos 393 mil pessoas) também tiveram grandes perdas.
Por fim, houve estabilidade nas taxas dos grupamentos de construção; de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; e de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
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