Toda semana, o mercado financeiro coloca algumas pautas no radar dos investidores que definirão o andamento dos índices do Brasil e do mundo. Durante esta semana, não será diferente. Por isso, é importante que os investidores fiquem atentos aos cinco principais assuntos da agenda do mundo, que influenciarão o andamento do Ibovespa. Além disso, algumas notícias do cenário brasileiro são importantes.
Vale lembrar que movimentos bruscos de mercado são apenas especulativos. Por isso, qualquer relatório fora das expectativas pode movimentar muito o mercado, que tende a corrigir nos pregões posteriores.
Agenda nos Estados Unidos
Notícias vindas dos Estados Unidos afetarão o mercado brasileiro, mas principalmente os índices americanos. Vale lembrar que o S&P 500 chegou a cair quase 10% no primeiro mês do ano, o que também mostra uma saída dos investidores dos ativos de risco por lá. Por isso, a agenda se volta para dados da economia.
Na principal economia do mundo, o relatório de emprego afetará o mercado. Por lá, analistas acreditam que o país tenha criado 155 mil empregos. Isso mostra ao mercado que a economia, que cresceu 6,9% no ano passado, está em tendência de recuperação. Resultados abaixo disso mostram que um ritmo mais lento coloca em xeque o crescimento do país.
Além disso, há o lançamento dos resultados das principais empresas do mundo, como Alphabet, dona do Google, e da Amazon. Os dados são importantes, dado que o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos está pressionando os resultados das empresas ligadas à tecnologia. Ainda, a bolsa das techs, a Nasdaq, também opera em forte queda no ano.
Por último, a queda dos índices pode levar a correções na próxima semana. Isso porque o mercado tende a corrigir quedas muito fortes. Desde segunda-feira, 24, o S&P 500 subiu 1,73%, o que não foi suficiente para corrigir os mais de 7% de queda no ano, vendo o fechamento de sexta-feira.
Aumento das taxas de juros
Além da correção dos índices e análises da economia americana, há uma tendência mundial de aumento das taxas de juros. Isso porque a inflação mundial está em alta, devido à pressão nas cadeias produtivas, que levou o petróleo a valores recordes.
Dos bancos centrais, o foco da agenda ficará na Inglaterra e no Brasil. No país europeu, o mercado espera um aumento de mais 0,25% na reunião, que acontecerá na quinta-feira. O país tem a maior inflação em mais de 30 anos, além de contar com uma crise interna envolvendo o primeiro-ministro Boris Johnson.
Além disso, o BC do Brasil, através do COPOM, também deve aumentar os juros por aqui. Contudo, a alta deve ser maior que a da Inglaterra, ficando no patamar de 1,5 ponto percentual ou mais. O mercado acredita em uma Selic de 10,75% a partir do meio dessa semana. Por isso, economistas acreditam que a Selic do Brasil pode chegar a patamares recordes. Atualmente, a máxima esperada é de 13% no ano.
Por último, no Brasil, os investidores verão os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes ao último mês do ano passado. O resultado sairá nesta segunda-feira, 31.