A Justiça Federal de São Paulo absolveu, na sexta-feira (11), o deputado federal Aécio Neves (PSDB), que era acusado de ter recebido R$ 2 milhões em propina de Joesley Batista, dono da JBS. Além do parlamentar, sua irmã, Andrea Neves, seu primo, Frederico Pacheco de Medeiros, e seu ex-assessor parlamentar, Mendherson Souza Lima.
Conforme denunciou o Ministério Público Federal (MPF), Aécio Neves teria, entre fevereiro e maio de 2017, recebido R$ 2 milhões de Joesley Batista em troca de apoio político enquanto ele era senador.
Apesar da denúncia, Ali Mazloum, juiz da 7ª Vara Criminal de São Paulo, afirmou que a acusação do MPF é “improcedente”. Além disso, o magistrado apontou que “está provada a inexistência do crime de corrupção passiva narrado” pelo órgão.
“Ao contrário do que diz a denúncia, no sentido de que havia um histórico de propina entre eles (verdade fosse, certamente haveria outras denúncias a respeito), o que realmente existia – demonstrou a instrução criminal – era um histórico de negócios lícitos”, disse o juiz.
Por conta da decisão, o MPF informou que vai recorrer da decisão. Já a defesa de Aécio Neves comemorou a posição do juiz e afirmou que, “após cinco anos de explorações e injustiças, foi demonstrada a fraude montada por membros da Procuradoria-Geral da República e por delatores que colocou em xeque o estado democrático de direito no país”.
Em nota, a defesa de Andrea Neves e Frederico Pacheco também comentaram a defesa. “Ruiu o castelo de uma grande farsa, que alimentou o clamor público e fez muito mal à justiça”, publicou os advogados da dupla.
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