O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) evitou, nesta segunda-feira (29), dar declarações sobre quando indicará o novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) – desde abril, a Corte está com uma vaga. O motivo: a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.
Protocolos para tratamento de doenças: especialistas e deputados discutem o assunto
Lula foi perguntado por jornalistas se ele faria a indicação nesta semana. Na ocasião, o petista afirmou: “Isso é uma coisa tão minha que eu não quero repartir com ninguém”. Essa declaração de Lula foi feita no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, onde ele recebeu o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
De acordo com a jornalista Ana Flor, do canal “Globo News”, o advogado Cristiano Zanin, que defendeu Lula nos processos relacionados à operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), é o nome favorito a ser indicado. Advogado há mais de duas décadas, Cristiano Zanin ficou famoso por defender o presidente nos processos penais da operação Lava Jato desde 2013.
Assim como publicado pelo Brasil123, Lula foi condenado e preso. No entanto, sob o comando de Cristiano Zanin, a defesa do presidente conseguiu fazer com que o Supremo Tribunal Federal aceitasse os recursos assinados pelo advogado e, desta forma, anulasse as condenações.
Lula diz que não tem ‘compromisso oficial com ninguém’
Recentemente, Lula disse que o indicado deverá ser uma pessoa “competente do ponto de vista jurídico” e que respeite a Constituição. Na oportunidade, o presidente da República ainda relatou que também não tem “compromisso oficial com ninguém”.
“Eu não vou indicar um ministro por ser meu amigo. Eu não quero indicar um ministro para fazer coisa para mim. Eu quero indicar um ministro da Suprema Corte que seja uma figura competente do ponto de vista jurídico e que esse cidadão exista lá para que a Constituição da República seja respeitada. É isso”, disse o petista.
Senado terá de dar aval ao nome escolhido por Lula
Após o presidente escolher seu preferido e indicá-lo oficialmente, o nome será enviado ao Senado e deverá passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Esse indicado precisa ser aprovado pelo colegiado e pelo plenário do Senado para, só então, o STF definir a data da posse do novo ministro.
Leia também: STF marca o julgamento de mais 70 denunciados do 08 de janeiro