Muitos podem ainda não saber, mas a indústria de adoção privada é milionária nos Estados Unidos da América (EUA). Diante de tamanha movimentação financeira, muitas pessoas vêm mudanças drásticas em suas vidas devido a este serviço.
É o caso da norte-americana, Shyanne Klupp, que havia decidido colocar seu bebê para adoção, mas que durante a gravidez, decidiu ficar com a criança. Ao informar a agência de adoção em sua 35ª semana de gestação, Shyanne foi informada de os pais adotivos haviam investido muito dinheiro na adoção, motivo pelo qual poderiam levá-la ao tribunal.
“De repente, você deve levar isso em consideração antes de contar a mais alguém”, disse a agente de adoção. Shyanne conta que se apaixonou rapidamente, e que estava animada para constituir família. Mas foi nesse exato momento que sua vida desmoronou ao saber que o homem por quem estava apaixonada era um criminoso perigoso.
Desiludida, a mulher decidiu colocar o bebê para adoção. Porém, ao mudar de ideia mais tarde, foi informada sobre as consequências que poderia ter que enfrentar. A estimativa é de que hoje existam aproximadamente, um milhão de famílias em busca de crianças para adoção nos EUA. A maioria prefere adotar bebês.
No entanto, o número de bebês disponíveis para adoção no sistema público não se equipara à demanda. Por esta razão, muitos americanos pagam dezenas de milhares de dólares para realizar o sonho da maternidade/paternidade. Na maior parte dos casos, este tipo de transação acontece com o auxílio de agências de adoção privadas.
De acordo com a especialista em supervisão e reforma do sistema de adoção e bem-estar familiar dos EUA, Maureen Flatley, a adoção privada ocorre quando uma grávida que não quer ou não tem condições de ser mãe, toma a decisão de trabalhar em conjunto com uma agência ou terceiros para colocar a criança à disposição de outra família de maneira totalmente voluntária.
Ao contrário do que acontece no sistema público, nas quais agências federais supervisionam os processos de adoção, o setor privado sofre pela falta de uma regulamentação adequada. Na oportunidade, ele explicou que, na compra de um carro é possível obter mais informações sobre os direitos legais e valores do que na adoção privada.
Para ele, o sistema de adoção privada dos EUA é cada vez mais preocupante, tendo em vista que os pais são obrigados a entregar os filhos. No final, a decisão acaba girando em torno de fatores econômicos.