A Adidas anunciou nesta quinta-feira (12) a venda da marca Reebok para a Authentic Brands Group (ABG). A saber, o negócio foi fechado por 2,1 bilhões de euros, o que corresponde a US$ 2,5 bilhões. Essa operação representa prejuízo para a Adidas, que havia comprado a marca há 16 anos por US$ 3,8 bilhões.
De acordo com a empresa alemã, a estratégia da venda consiste em concentrar esforços na sua marca principal. Na verdade, quando a Adidas comprou a Reebok em 2016, o maior objetivo era fortalecer a companhia na competição com a sua rival Nike. No entanto, o desempenho lento da Reebok para crescer e gerar lucro fez diversos investidores pedirem a venda da marca, principalmente nos Estados Unidos e no Canadá.
Apesar do anúncio da venda, a Reebok seguirá com a sua sede em Boston, nos EUA. Além disso, a marca continuará com suas operações na América do Norte e Latina, bem como na Ásia-Pacífico, Europa e Rússia, afirmou a Authentic Brands.
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Por falar nisso, o grupo vem comprando diversas marcas nos últimos anos, ampliando cada vez mais o seu portfólio. Em resumo, o ABG já adquiriu a marca de roupas masculinas de alto padrão Brooks Brothers e a de fast-fashion Forever 21. A companhia ainda é dona da revista Sports Illustrated e da rede de vestuário Aéropostale. Atualmente, a empresa tem mais de 30 marcas com produtos vendidos em cerca de 6 mil lojas no mundo.
Também vale ressaltar que a compra da Reebok acontece num momento importante para a Authentic Brands. Isso porque a empresa está se preparando para abrir capital, ou seja, ela começará a vender suas ações ao público pela primeira vez. O nome disso é oferta pública inicial, ou simplesmente IPO.
“Há muitos anos que olhamos para a Reebok e estamos entusiasmados por finalmente trazer essa marca icônica para o mercado”, destacou o fundador e presidente da ABG, Jamie Salter. “A Reebok não tem apenas um lugar especial nas mentes e corações dos consumidores do mundo todo, mas possui também uma distribuição global que está em expansão”, acrescentou.
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