Adiado o evento programado para esta terça-feira (19) no qual seria feito o anúncio do novo Auxílio Brasil. Ao que parece, o cancelamento ocorreu por divergências do governo a respeito do tema, uma vez que ainda não se tem definida a fonte de recursos para custear o programa social.
A saber, o evento estava programado para às 17h no Palácio do Planalto.
De acordo com o Correio Braziliense, o Ministério da Cidadania alegou que seria marcada uma nova data, porém, ainda não se tem conhecimento de quando será.
Entenda a questão o Auxílio Brasil
O impasse ocorre porque, de um lado está a equipe ministerial, que é contra qualquer acréscimo de pagamento que esteja fora do teto de gastos.
Do outro, o presidente Jair Bolsonaro e a ala política defendem o aumento do valor médio mensal do benefício.
Conforme as especulações, o valor médio das parcelas deveria passar dos atuais R$ 189 para R$ 400, até o final de 2022.
Esse valor, defendido pela base do governo no Congresso Nacional, é acima da proposta inicial de R$ 300 da equipe econômica que, sem segredos, mostra-se contrária aos pagamentos que ultrapassem o teto de gastos públicos. Inclusive, essa possibilidade impactou o mercado financeiro nesta terça (19).
Como se sabe, a sétima, e até então última parcela do auxílio emergencial, começou a ser paga nesse mês. Dúvidas a respeito de uma nova prorrogação surgiram com a declaração de Bolsonaro nesta segunda (18), quando disse que tomaria uma decisão para essa questão ainda essa semana.
Por que o mercado teve impactos com a possível medida?
Especula-se que no evento cancelado, o Auxílio Brasil seria anunciado com parcelas de R$ 400 para 2022, como o Brasil 123 já tinha adiantado.
Parte da verba para o programa viria do orçamento previsto para o Bolsa Família. O complemento, cerca de R$ 100 por parcela, seriam viabilizados fora do teto de gastos.
Por isso, se o mercado entende que o aumento dos gastos públicos se torna insustentável, acaba cobrando o preço exigindo juros maiores para rolar a dívida pública.
Por consequência, juros mais altos acabam tornando os investimentos nas empresas da Bolsa menos atrativos, e por isso foi observada queda do Ibovespa nesta terça-feira (19).
Com informações do Correio Braziliense
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