Informações divulgadas pelo jornal “O Globo” revelaram que o Ministério Público do Rio (MPRJ) descobriu indícios que ligam Ronnie Lessa, um dos acusados pelas mortes da ex-vereadora Marielle Franco e seu assessor Anderson Gomes, a outros quatro assassinatos.
De acordo com o MPRJ, as investigações feitas em aparelhos apreendidos na casa de Ronnie indicam que ele fez pesquisas sobre as vítimas. Ainda conforme “O Globo”, os investigadores analisaram documentos encontrados na casa do sargento reformado da Polícia Militar (MP).
Segundo o MPRJ, a Força-tarefa que investiga a morte de Marielle, ao analisar os dados extraídos dos aparelhos, descobriu possíveis pistas sobre os assassinatos de 2006 e 2007. A principal delas é a pesquisa feita sobre vítimas.
De acordo com o MP-RJ, os quatro homicídios têm semelhanças com a emboscada que terminou com a morte de Marielle Franco. Por conta das descobertas, agora o MPRJ quer a reabertura das investigações sobre quatro assassinatos que aconteceram entre 2006 e 2007.
Essas execuções, que nunca foram solucionados e podem ter o sargento Ronnie Lessa como envolvido, tiveram como vítimas:
- Alexandre Farias Pereira – 18/05/2007 – líder do camelódromo da Uruguaiana;
- Ary Brum – 18/12/2007 – ex- deputado estadual e assessor da Secretaria de Governo do Rio;
3 e 4) - E os irmãos Ary e Humberto Barbosa Martins – 06/11/2006 – Ary era o dono de uma agência de turismo.
De acordo com a promotora Simone Sibílio, do MPRJ, o órgão não está afirmando que ele tenha sido o executor. “O que nós estamos fazendo é diante desses achados nós estamos enviando isso tudo para os promotores naturais diante dessas novas provas, desses novos indícios, porque todas essas pessoas foram executadas em contexto muito parecido com o da vereadora e diante dessas pesquisas, desse interesse, reputa-se relevantíssimo que essa informação vá para os autos”, ressaltou.
Lessa está preso desde de março de 2019. Ele é acusado de ter feito os disparos que mataram Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Na casa dele, a polícia apreendeu documentos, celulares e computadores.
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