O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) divulgou uma lista que reflete as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros em 2021. A saber, o levantamento mostra os itens que tiveram os maiores aumentos de preços nos 12 meses do ano e aqueles que registraram as quedas mais intensas.
De acordo com o FGV Ibre, o grande “vilão” do ano foi o açúcar refinado, que disparou 53,05% no período, seguido de perto pelo maracujá (+52,02%). No entanto, o açúcar pesou bem mais no bolso da população por ser um produto muito comum nos lares do país.
O filé-mignon ocupou a terceira posição, com um salto de 39,07%. Nem mesmo o embargo da China por três meses à carne bovina brasileira fez o preço da proteína cair no país. Já o café em pó registrou um avanço de 38,69%, pressionado pelo clima e pelos impactos da geada na safra 2022/2023.
O top dez ainda trouxe alimentos preparados e congelados de carne bovina (+33,71%), pimentão (+31,68%) e açúcar cristal (+31,25%). Os outros saltos vieram de frango em pedaços (+28,68%), feijão-fradinho (+25,97%) e pá / paleta (+25,57%).
Na verdade, a população do país sofre nos últimos tempos com uma inflação bastante elevada. Em resumo, a projeção é que a taxa fique nos dois dígitos em 2021, algo que não acontecia desde 2015. Isso quer dizer que, apesar destes itens terem disparado no ano, muitos outros também avançaram fortemente. Assim, as dificuldades tendem a ser generalizadas, mas penalizam mais os de menor renda.
Veja os itens com as maiores quedas no ano
Embora muitos produtos tenham registrado um salto em 2021, outros tiveram recuos firmes. Contudo, vale ressaltar que poucos itens realmente registram uma queda expressiva no ano. A começar pelo limão, cujo preço despencou 18,50% no período e o fez ocupar a primeira posição no ranking das quedas.
A título de comparação, o recuo é quase três vezes menor que a disparada do açúcar no ano. Aliás, apenas outros dois alimentos também registraram recuos mais intensos que 10%: maçã (-16,30%) e banana da terra (-11,05%). No entanto, nenhum destes três itens exercem muita pressão na cesta de alimentos do país.
Por outro lado, o arroz tem uma influência bem mais expressiva, fazendo parte do almoço diário de milhões de brasileiros. Em suma, o item ocupou a quarta posição no ranking, registrando uma queda de 8,27% em 2021. Em seguida, ficaram a banana d’água ou nanica (-4,17%), o feijão-mulatinho (-2,02%) e a uva (-1,84%).
Por fim, completaram o top dez: pernil suíno (-1,27%), sucos de fruta (-0,66%) e fígado bovino (-0,37%). Isso mostra que as disparadas nos preços impactaram bem mais a população do que os recuos, na maioria bem tímidos.
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