O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou que o valor da cesta básica do país ficou mais caro em julho. Isso aconteceu, principalmente, por causa dos avanços registrados por itens muito importantes na mesa do brasileiro, como açúcar e leite integral.
De acordo com o levantamento do Dieese, o açúcar ficou mais caro em 15 das 17 capitais pesquisadas no mês. A saber, as altas variaram entre 8,12% no Rio de Janeiro e 1,59% em Belém. E essas elevações aconteceram por três principais motivos: redução da oferta do açúcar, elevação do valor do petróleo e aumento das exportações.
Da mesma forma, o preço do café em pó também ficou mais caro em 15 capitais em julho. As variações mais expressivas vieram de Vitória (10,96%), São Paulo (9,88%), Campo Grande (8,77%) e Brasília (8,14%). Em contrapartida, os preços caíram em Curitiba (-3,37%) e Recife (-0,18%). E as preocupações com as geadas motivaram a alta dos preços, visto que devem influenciar a safra de 2022.
Seguindo a mesma trajetória, o preço do quilo do tomate também subiu em 15 capitais. Segundo o IBGE, os destaques de julho ficaram com Belo Horizonte (39,95%), Goiânia (34,24%), Fortaleza (34,10%), Florianópolis (33,86%) e São Paulo (31,63%). Como a maturação do fruto atrasou devido ao clima frio, a oferta caiu, provocando o aumento do seu preço.
Já o leite integral ficou mais caro em 14 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. As altas mais expressivas vieram de Natal (5,71%) e Belém (5,60%). Por sua vez, o preço da manteiga subiu em 12 capitais, com destaque para Belo Horizonte (5,29%), Campo Grande (4,25%), Vitória (3,40%) e Natal (3,20%). Embora a demanda esteja enfraquecida, os preços subiram graças à redução da oferta e aos altos custos de produção, segundo o Dieese.
Preços da batata e do arroz caem em julho
Por outro lado, alguns itens encerraram julho mais baratos. Dentre eles, a batata, pesquisada no Centro-Sul do Brasil, cujo preço caiu em 8 das 10 capitais pesquisadas. Em resumo, os tombos variaram entre -23,61% em Brasília e -9,04% em Goiânia e ocorreram devido ao aumento da oferta do produto. O preço da batata só subiu em Curitiba (1,11%) e Vitória (4,47%).
Além disso, o preço do arroz também caiu em julho. Isso aconteceu em 14 cidades, com destaque para Porto Alegre
(-5,41%), Goiânia (-4,68%) e São Paulo (-4,20%). Em suma, o preço do grão continuou em baixa, apesar do aumento da demanda pelas indústrias manufatureiras e da alta das exportações.
Por fim, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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