Ações trabalhistas sobre o racismo cresceram muito no ano de 2020. De acordo com informações da própria Justiça do Trabalho, o crescimento foi de 11% em relação ao que se viu em 2019. Especialistas se dividem sobre uma explicação para isso.
O racismo pode dar uma reclamação trabalhista quando se pauta por um dano moral. Por exemplo, quando um patrão pede para que um empregado negro mude o seu cabelo para trabalhar nas dependências da empresa. Isso pode ser um dano moral.
Em alguns casos pode ser também um dano material. Isso porque algumas pessoas podem ter que pagar para manter o cabelo de certa forma. Assim, nós temos vários tipos de processos trabalhistas quando falamos de racismo.
Seja como for, esse aumento de 11% não significa necessariamente que está acontecendo uma piora da situação dos negros no mercado de trabalho. De acordo com especialistas, os negros estão com mais coragem de denunciar esses casos na Justiça.
Dessa forma, esses empregados estão denunciando mais as práticas que sempre existiram no mercado de trabalho do Brasil. Além disso, o número tende a ser bem maior. Isso porque esses 11% mostram um cenário de subnotificação dos casos de racismo no mercado de trabalho.
Ações sobre racismo
Ainda de acordo com as informações da Justiça do Trabalho, o ano de 2020 registrou, em números totais, mais de 1900 processos trabalhistas que citam o racismo. A soma dos valores de todos os processos trabalhistas chega a R$402 milhões.
O estado de São Paulo é o recordista de denúncias deste tipo, com 672 casos em todo o ano de 2020. O que explica isso é a população do estado que é a maior do Brasil. Mas na segunda posição veio o Rio Grande do Sul, com 237 casos. O Rio Grande do Sul é apenas o sexto estado mais populoso do país.