Ainda nesta segunda-feira (2), as ações da Petrobras sofreram uma forte queda após as mudanças anunciadas pelo novo governo para a estatal. As ações preferenciais da Petrobras caíram cerca de 6%, enquanto as ordinárias recuaram 6,7%.
A queda ocorreu após a posse do novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e os anúncios feitos pelo governo. Entre as mudanças estão a nomeação do novo presidente da Petrobras, o senador Jean Paul Prates e a intenção de intervir na política de paridade de preços dos combustíveis.
Outra possível motivação para a queda brusca das ações foi a Medida Provisória adotada pelo presidente, Lula, que mantém a desoneração dos impostos nos combustíveis, ao contrário da vontade do novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A decisão, que renovou a renúncia fiscal sobre a gasolina por dois meses e ao diesel e gás de cozinha por tempo indeterminado, surpreendeu os investidores, por ir contra o desejo do novo ministro.
Analistas avaliam a queda das ações da Petrobras
Analistas avaliaram a forte queda das ações da Petrobras, que ocorreu nesta segunda-feira (02) e acreditam que as posições feitas pelo governo aumentam os riscos de quedas de ações.
Segundo os analistas, as mudanças anunciadas podem significar riscos de cortes no pagamento de dividendos, investimentos maiores da empresa e diminuição de venda de ativos. Sendo que estas são ações que podem causar a redução do lucro.
Em relatório do banco BTG Pactual, os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte destacaram que revisões no pagamento de dividendos da Petrobras podem provocar uma deterioração da percepção de risco sobre a petroleira.
Contudo, segundo o líder da área de análise da Warren, Frederico Nobre, a queda das ações não se justifica e as mudanças podem causar uma maior projeção de investimentos da companhia.