O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (15) os resultados da produção animal no quarto trimestre de 2021. A saber, houve 6,90 milhões de cabeças de bovinos abatidas no período, queda de 6,4% na comparação com o mesmo período de 2020 e de 0,9% em relação ao terceiro trimestre de 2021.
Com isso, o país encerrou o ano passado com 27,54 milhões de cabeças de bovinos abatidas. Isso representa uma queda de 7,8% na comparação com 2020. Aliás, este é o segundo ano consecutivo de queda do abate de bovinos. E isso vem ocorrendo devido à retenção de animais para o abate, principalmente as fêmeas, que começou a ocorrer no início de 2020.
Vale destacar que no ano passado todos os meses tiveram resultados negativos na comparação com o mês correspondente em 2020. A única exceção foi dezembro, cujo abate de bovinos teve alta de 39,89 mil cabeças. Por outro lado, a queda mais expressiva ocorreu em setembro, quando houve uma queda no abate de 650,79 mil cabeças.
De acordo com o IBGE, o abate de bovinos caiu em 23 das 27 Unidades da Federação (UFs) em 2021. Os maiores recuos vieram de Mato Grosso (-633,91 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-433,89 mil), Rio Grande do Sul (-299,46 mil), Paraná (-238,96 mil), São Paulo (-228,78 mil) e Minas Gerais (-74,08 mil).
Em contrapartida, os únicos avanços foram registrados em Goiás (+176,46 mil), Tocantins (+55,13 mil) e Pará (+40,90 mil).
Veja detalhes do abate de suínos e frangos
Além disso, o IBGE revelou que o abate de suínos no quarto trimestre bateu recorde para o período em toda a série histórica, iniciada em 1997. Em resumo, houve 13,38 milhões de cabeças de suínos abatidas entre outubro e dezembro de 2021, alta de 6,5% na base anual, mas queda de 2,7% no comparativo trimestral.
Ao contrário do que aconteceu com os bovinos, o abate de suínos cresceu em todos os meses do ano passado, na comparação com o mês correspondente de 2020. A saber, a maior alta ocorreu em março, com 475,09 mil cabeças abatidas a mais do que no mesmo mês do ano anterior. Segundo o IBGE, as exportações do item impulsionaram mais uma vez os números do segmento.
Em síntese, Santa Catarina manteve a liderança do ranking nacional, respondendo por 28,4% dos abates no país. Em seguida, ficaram Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul (17,5%).
Já o abate de frangos totalizou 1,54 bilhão de cabeças no quarto trimestre, alta de 0,5% na base trimestral e queda de 1% na anual. No acumulado de 2021, houve 6,18 bilhões de cabeças de frango abatidas no país, crescimento de 2,8% em relação a 2020. Este resultado é um novo recorde anual da série histórica, iniciada em 2017.
Na comparação com 2020, oito meses tiveram resultados positivos, enquanto quatro registraram queda no abate de frangos. Entre as UFs , 19 das 25 que participam da pesquisa tiveram acréscimo em seus números, com destaque para Paraná (+67,89 milhões de cabeças) e Goiás (+47,10 milhões).
Saiba mais sobre a pesquisa do IBGE
A saber, o IBGE realiza a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais para fornecer informações em relação à quantidade de animais abatidos, bem como o peso total das carcaças. A coleta acontece através do estabelecimento que realiza o abate de acordo com a fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal.
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