A política de ampliação do valor do imóvel financiado pelo programa Minha Casa Minha Vida pode gerar um aumento significativo na demanda por financiamento imobiliário. De acordo com um levantamento realizado pelo DataZap+. Uma subdivisão de inteligência do portal imobiliário ZAP, a elevação do valor máximo do imóvel de R$ 264 mil para R$ 350 mil pode impulsionar a demanda por financiamento em 76% na cidade de São Paulo.
Este novo teto aplica-se especificamente à faixa 3 do programa, a mais elevada entre as faixas estabelecidas. Esta categoria é destinada a indivíduos com renda mais alta, especificamente aqueles com ganhos entre R$ 4.400,01 e R$ 8.000.
A implementação deste valor ampliado traz duas consequências diretas para a demanda por financiamento. Esta medida não apenas torna o financiamento imobiliário mais acessível para uma gama maior de pessoas. Nesse sentido, como também pode provocar um aumento na atividade de construção à medida que mais pessoas buscam aproveitar os benefícios do programa Minha Casa Minha Vida.
Imóveis no Minha Casa Minha Vida: Impactos e perspectivas para o mercado imobiliário
A primeira consequência direta desta mudança é que mais imóveis em São Paulo, uma das cidades com o metro quadrado mais caro do Brasil. Se tornarão elegíveis para o programa Minha Casa Minha Vida. Com isso, os potenciais beneficiários terão uma oferta mais ampla de imóveis à disposição.
Em segundo lugar, é provável que a alteração atraia um número maior de famílias com a renda necessária para o financiamento. Isso ocorre porque, com uma gama mais diversificada de imóveis disponíveis, as famílias têm uma chance maior de encontrar uma propriedade que atenda às suas necessidades específicas.
Pedro Tenório, economista do DataZAP+, expressou otimismo em relação às perspectivas de crescimento do mercado imobiliário de São Paulo. “A partir dos resultados obtidos, a expectativa é de que o aumento do valor máximo do imóvel na faixa 3 do Minha Casa Minha Vida impulsione o mercado imobiliário em São Paulo e proporcione a realização do sonho da casa própria para um número maior de famílias”, afirmou Tenório.
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Análise de imóveis financiáveis do programa
Logo, a conclusão do DataZap+ foi baseada no cruzamento de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do 1º trimestre de 2023. Com os preços dos imóveis anunciados na capital paulista registrados nos portais do ZAP. A análise teve em vista identificar quantas famílias tinham renda suficiente para custear as parcelas do financiamento. Ao mesmo tempo, em que se encaixavam nos critérios de renda definidos pelo programa Minha Casa Minha Vida.
Além disso, a empresa também considerou dados do mercado imobiliário de São Paulo. Analisando o número de imóveis transacionados entre setembro de 2019 e setembro de 2021, com preços que se enquadravam nas faixas de valor analisadas. A Prefeitura de São Paulo disponibilizou publicamente os dados do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), e o FipeZAP+ Residencial Venda São Paulo os atualizou, obtendo assim essas informações.
Portanto, a combinação desses diferentes conjuntos de dados permitiu ao DataZap+ realizar uma análise abrangente das potenciais implicações do aumento do valor máximo de imóveis financiáveis no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida.
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