Com título “A Classe Média no Espelho: Sua história, seus sonhos e suas ilusões, sua realidade” o livro mostra de diversas maneiras, como é possível descobrir aspectos centrais diferentes.
O livro foi lançado em 2018, por Jessé Souza, e é o resultado de uma pesquisa teórica e empírica feita pelo autor, com o intuito de compreender como a classe média foi fundamental para a história, em toda a sua diferenciação, e hierarquia interna, tanto no papel econômico como social, nos últimos 100 anos.
Resumo da obra – A Classe Média no Espelho
O livro mostra de forma analítica, as transformações que A Classe Média no Espelho, resultaram na modificação da história do país. Foram feitas uma série de entrevistas com pessoas de todas as partes da classe média, para captar características.
Tudo está escrito de uma forma bem acessível, compreensível para que o leitor entenda as ideias e discussões que o autor implica, sem nenhuma superficialidade. Em um país onde grande parte da classe social é constituída através da renda, é preciso entender o que significa classe social. Os mecanismos que o autor usa para mostrar isso, é fundamental para entender o contexto do problema.
Crítica da obra
Indo direto ao ponto, A Classe Média no Espelho, tem uma proposta bem teórica sobre perspectivas próprias. Mesmo entendendo suas ideias os elementos que fundam uma sociedade podem ser transmitidos por vários fatores, instituições, de forma natural ou não.
Portanto, no debate em que ele quer dar uma interpretação mais sociológica na sociedade brasileira, na sua opinião, existe muitos mitos nacionais, sejam da cultura, ou do vira-latismo brasileiro, são apenas símbolos construídos de uma alta classe média.
Em alguns pontos do libro, as intenções do autor ficam bem explicitas, principalmente quando ele fala sobre as “hierarquias morais’, e todo o seu fundamento de pensar sobre o homem na sociedade capitalista, é um pouco contra o que vemos em uma liberdade abstrata.
Nessa perspectiva da Classe Média que é retratada e discutida, é onde o Brasil se constrói, onde todas as instituições a sua volta se formam e o escravizam já que para o autor, a sociedade hierarquiza classes sociais. E com isso, o ponto alto do livro seja entender essa distinção que o autor tanto debate, dentro da sociedade escravocrata, como brasileira que ele mesmo denomina assim.