Durante uma reunião com representantes do governo federal, os sócios da 123milhas, Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, expressaram que a empresa não possui recursos disponíveis para pagar seus clientes no momento. Assim, essa informação foi compartilhada pelo secretário nacional de Defesa do Consumidor, Wadih Damous, durante a noite de sexta-feira (1º).
Em resposta à atual situação, os executivos comprometeram-se a elaborar um plano de ressarcimento aos clientes afetados. Dessa forma, eles participaram de uma reunião no Ministério da Justiça e explicaram que, devido à falta de condições financeiras imediatas, desejam apresentar esse plano tanto ao governo quanto à juíza encarregada do processo de recuperação judicial da empresa.
Relembra o caso da 123Milhas
Vale a pena relembrar o caso envolvendo a 123 Milhas, uma empresa especializada na negociação de milhas aéreas e na oferta de descontos em passagens e pacotes de viagem. Com isso, o episódio que gerou grande repercussão foi o cancelamento abrupto dos serviços da linha “promo”, anteriormente disponíveis em sua plataforma.
Esse acontecimento desencadeou uma série de eventos, incluindo uma significativa onda de demissões de funcionários pela empresa e uma crescente quantidade de ações judiciais, especialmente de consumidores em busca de ressarcimento pelos seus direitos prejudicados. A situação culminou na aprovação, pela 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, do pedido de recuperação judicial da empresa em 31 de agosto.
Governo busca solução junto aos sócios
Essa declaração dos sócios da 123milhas revela a complexidade da situação financeira enfrentada pela empresa e sua incapacidade de honrar os compromissos com seus clientes neste momento. A busca por um plano de ressarcimento é um passo necessário para mitigar os prejuízos dos consumidores afetados e proporcionar alguma perspectiva de recuperação financeira para a empresa.
Assim, a reunião com o governo federal e a futura apresentação desse plano à juíza de recuperação judicial indicam que as partes envolvidas estão buscando soluções legais e financeiras para resolver essa crise e garantir uma abordagem equitativa para os clientes lesados.
Tudo que foi comercializado fará parte da recuperação judicial
O secretário informou que todos os produtos e serviços vendidos antes da declaração de recuperação judicial da empresa serão abrangidos pelo plano de ressarcimento, uma medida que busca garantir a inclusão de todas as transações prévias no processo de compensação aos clientes afetados.
Além disso, vale destacar que a reunião contou com a presença de representantes do Ministério Público Federal, indicando a relevância e a atenção das autoridades públicas em relação a essa questão complexa e delicada envolvendo a 123milhas.
Com isso, tudo aquilo comercializado antes do pedido de recuperação judicial vai ser objeto da elaboração de um plano de ressarcimento, de pagamento. Como vai ser? Vai ser com voucher, vai ser com dinheiro? Que critérios vão ser usados? Critérios cronológicos, critérios de urgência da viagem?
Por exemplo, se alguém comprou uma passagem porque tem que se submeter a uma cirurgia em outra cidade, eles garantiram que isso aí vai ter um atendimento imediato. Agora, não, ‘são passagens para turismo’. Isto vai ser organizado na base de um acordo que eles (123milhas) vão tratar conosco. Conosco e com o juiz da recuperação judicial.
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